Preços do milho sobem nos portos, mas seguem pressionados no interior do Brasil

Demanda aquecida e valorização do dólar contribuíram com crescimento das cotações no litoral do país

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Os preços do milho nos portos brasileiros registraram alta na última semana, de acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Boletim publicado nesta segunda-feira (17) aponta que o aumento foi impulsionado pelas cotações internacionais elevadas, que melhoraram a paridade de exportação, além dos prêmios e da valorização do dólar. O aquecimento da demanda também contribuiu para a elevação.

Contudo, essas altas nos portos não se refletiram no interior do país, onde os preços do milho permaneceram enfraquecidos por conta dos avanços nas colheitas da primeira e segunda safras, além da baixa demanda interna.

Outro fator que pressionou as cotações na última semana foi a divulgação de reajustes positivos na estimativa de produção brasileira de milho para a safra 2023/24. Segundo dados da Conab, a colheita deve atingir 114,14 milhões de toneladas, um aumento em relação às 111,63 milhões de toneladas estimadas em maio. No entanto, esse volume ainda é 13,5% menor que o registrado na temporada 2022/23.

O cenário atual demonstra uma divergência entre o mercado portuário, influenciado por fatores internacionais e de exportação, e o mercado interno, onde a abundância de oferta e a demanda limitada mantêm os preços pressionados para baixo.