​Combustível do futuro deve atrair R$ 200 bi em investimentos para o Brasil

Projeto de lei sobre produção e utilização de diesel verde, bioquerosene e biometano é visto como transformador para o setor de biocombustíveis

Foto: Divulgação / Ubrabio

O Fórum Biodiesel e Bioquerosene, realizado nesta quinta-feira (6) em São Paulo, reuniu as principais lideranças do setor de biocombustíveis para debater as novas perspectivas trazidas pelo Projeto de Lei do Combustível do Futuro, já aprovado pela Câmara dos Deputados e em discussão no Senado.

De acordo com o deputado Arnaldo Jardim, relator do projeto, a aprovação do texto criará programas nacionais para a produção e utilização de diesel verde, combustível sustentável para aviação e biometano. O deputado Alceu Moreira, presidente da Frente Parlamentar do Biodiesel, afirma que a iniciativa deve atrair investimentos da ordem de R$ 200 bilhões nos próximos anos.

"Eu tenho impressão, pelo menos no tempo em que estou na Câmara, há 12 anos, que não há nada que seja mais importante, depois do Código Florestal, do que o Combustível do Futuro", disse Moreira. O parlamentar acredita que a proposta irá reposicionar a organização geográfica das plantas industriais e a aplicação financeira dos derivados desses biocombustíveis.

O projeto abre caminho para que o teto da mistura de biodiesel ao óleo diesel mineral chegue a 20% e também cria metas para a introdução de combustíveis sustentáveis de aviação. O diretor superintendente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) ressaltou o potencial de ampliação da produção de biocombustíveis no país.

Para as lideranças do setor, a aprovação do Projeto de Lei do Combustível do Futuro deve posicionar o Brasil como um player de destaque na transição energética global, atraindo volumosos investimentos para o desenvolvimento de tecnologias e soluções sustentáveis.