A colheita da safra brasileira de soja 2023/24 atingia 98,1% da área plantada no país até o último domingo (26), informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em levantamento semanal de progresso de safra. Há atraso de 1,1 ponto porcentual em relação a igual período do ano passado e avanço de 1,1 ponto porcentual em uma semana.
Apenas três estados seguem retirando a oleaginosa do campo: Santa Catarina, com 98,5% dos trabalhos concluídos; Rio Grande do Sul, com 90%, e Maranhão, com 88%. Tocantins, Piauí, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná já encerraram a colheita.
No Rio Grande do Sul, afetado por fortes chuvas e enchentes desde o fim de abril, os trabalhos avançaram 5 pontos percentuais de uma semana para a outra. Em relação a igual período do ano passado, porém, há atraso de 6 pontos porcentuais.
Quanto à safra de inverno 2023/24, a Conab informou que o plantio de trigo alcançou 29,6% da área estimada até este domingo, avanço de 5,5 pontos porcentuais na semana e atraso de 5 pontos porcentuais na comparação com a temporada passada. Minas Gerais já concluiu os trabalhos, enquanto Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Bahia seguem com o plantio em andamento.
Baixa da soja em Chicago impacta preços no Brasil
O mercado físico brasileiro de soja teve movimentos pontuais nesta terça-feira (28), com os preços recuando significativamente devido à queda em Chicago e ao dólar mais fraco.
Houve poucos vendedores no mercado, pois as cotações desanimaram os produtores, que devem permanecer retraídos pelo resto da semana, como destaca a Safras Consultoria.
Veja os preços da soja no Brasil (saca 60kg): Passo Fundo (RS): caiu de R$ 134,50 para R$ 133; Região das Missões: baixou de R$ 133,50 para R$ 132,50; Porto de Rio Grande: recuou de R$ 141,50 para R$ 140; Cascavel (PR): caiu de R$ 132 para R$ 130; Porto de Paranaguá (PR): caiu de R$ 140 para R$ 138; Rondonópolis (MT): caiu de R$ 125 para R$ 123; Dourados (MS): foi de R$ 125 para R$ 124; e Rio Verde (GO): passou de R$ 125 para R$ 123
Bolsa de Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços mais baixos. As perdas foram lideradas pelo desempenho do farelo, tendo em vista a pouca competitividade do subproduto norte-americano na comparação com a América do Sul. Já o óleo subiu, acompanhando a disparada do petróleo.
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 18,50 centavos de dólar, ou 1,48%, a US$ 12,29 1/2 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 12,29 por bushel, com perda de 16,00 centavos ou 1,28%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com baixa de US$ 9,90 ou 2,56% a US$ 376,60 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 45,52 centavos de dólar, com alta de 0,57 centavo ou 1,26%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,32%, sendo negociado a R$ 5,1549 para venda e a R$ 5,1529 para compra.