A colheita de soja no Rio Grande do Sul atingiu 91% da área plantada, com avanço dos trabalhos na região Sul, Centro e Oeste do estado devido à redução das chuvas. No entanto, a metade Norte do estado, onde a colheita estava próxima da finalização, enfrentou comprometimento das lavouras por causa das garoas e do excesso de umidade, segundo a Emater-RS.
De acordo com o órgão, mesmo nas regiões com menos precipitações, os solos permanecem saturados de umidade, prejudicando a atividade. Além disso, os custos de produção têm sido elevados devido à necessidade de utilizar parcialmente os graneleiros para evitar danos na locomoção, em função do excesso de peso dos grãos colhidos com alta umidade.
"Nas áreas em colheita, além das perdas por grãos germinados, mofados e pela debulha natural, que aumentam a cada dia de atraso, os custos têm sido elevados em razão da realização da colheita em solo úmido", explica a Emater-RS.
A entrega da soja nas unidades de secagem e armazenamento também foi impactada, especialmente nos primeiros dias de retomada da colheita, com grãos apresentando umidade próxima a 30%. Para a armazenagem adequada, é necessário reduzir a umidade para cerca de 14%, o que tem sobrecarregado a capacidade dos secadores.
Segundo a Emater, as perdas nas lavouras colhidas após o período chuvoso são elevadas, e a estimativa de produtividade projetada inicialmente de 3.329 kg/ha deverá variar negativamente, dependendo dos resultados dos levantamentos que estão sendo realizados nas áreas a serem colhidas e perdidas.