O poder de compra dos suinocultores paulistas vem diminuindo nesta primeira quinzena de maio, devido à valorização mais acentuada do farelo de soja em relação ao animal vivo, de acordo com levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Segundo a equipe do Cepea, tanto a demanda aquecida por suínos, com frigoríficos buscando lotes extras para abate, quanto a demanda internacional por soja e derivados têm impulsionado os preços dessas commodities. No entanto, o farelo de soja, um importante insumo na alimentação dos animais, tem se valorizado em maior proporção do que o preço do suíno vivo.
As chuvas ocorridas no Rio Grande do Sul, principal produtor de soja do país, impactaram negativamente a produção da oleaginosa, devendo limitar a oferta nacional. Isso tem estimulado compradores a anteciparem suas compras, visando assegurar seus estoques, reforçando o cenário de alta nos preços do farelo.
Essa disparidade entre a valorização do suíno e do farelo de soja tem pressionado a lucratividade dos produtores da cadeia suinícola no estado de São Paulo. O poder de compra dos suinocultores, medido pela relação entre os preços do animal vivo e do farelo, vem caindo nesta primeira quinzena do mês, refletindo uma situação desafiadora para esses agentes.