06/05/2024 às 09h26min - Atualizada em 06/05/2024 às 09h26min
Desastre climático no Rio Grande do Sul desafia o agronegócio com prejuízos ainda incalculáveis
Chuvarada histórica arrasa campos e lavouras gaúchas, deixando setor em alerta máximo e com dificuldades para dimensionar estragos
- Da Redação, com Notícias Agrícolas
Foto: Reprodução Instagram / Governo do Rio Grande do Sul O Rio Grande do Sul enfrenta um desastre climático sem precedentes, sendo classificado pelo governador Eduardo Leite como o pior da história do estado. As consequências das intensas chuvas afetaram severamente o agronegócio, destruindo lavouras, arrastando animais, máquinas e insumos. Até o momento, as perdas são incalculáveis e só poderão ser mensuradas quando as chuvas diminuírem.
O estado, que se recuperava de três anos de secas severas, via na atual safra de soja uma esperança de bons resultados. No entanto, com grande parte da colheita ainda pendente e os campos alagados, estima-se uma considerável quebra na produção, com perdas que podem chegar a 15%.
O presidente do Sindicato Rural de São Borja, Tomáz Olea, expressou a frustração do setor diante da situação, ressaltando as dificuldades enfrentadas pelos produtores após anos de seca e agora diante das chuvas devastadoras. Estradas intransitáveis, pontes destruídas e problemas logísticos complicam ainda mais a situação, enquanto os prejuízos continuam a se acumular.
O professor Dr. Elmar Floss, do Instituto de Ciências Agronômicas, destaca os desafios enfrentados pelos produtores, especialmente nas regiões de maior cultivo de soja, onde as chuvas têm prejudicado a colheita. Além disso, as condições dos solos após as enchentes e o risco de erosão são fontes adicionais de preocupação.
O vice-presidente do Sindicato Rural de Carazinho, Paulo Vargas, relata os impactos generalizados da crise, que vai além da agricultura, afetando o abastecimento de alimentos e combustíveis em todo o estado. Ele ressalta a importância do apoio do Congresso Nacional para aprimorar a legislação sobre barragens e açudes nas propriedades rurais, visando mitigar os efeitos de futuras catástrofes.