03/05/2024 às 09h41min - Atualizada em 03/05/2024 às 09h41min
Genética, pilar sustentável da produção animal
André Luiz Casagrande - Da redação
Foto: reprodução Em artigo publicado recentemente, Laís Grigoletto, Gerente de Serviços Genéticos Corte LATAM da ABS, destaca a relevância de três pilares (sanidade, bem-estar e genética) para o sucesso da produção animal. Para ela, esse tripé garante a eficiência e forma a base de uma abordagem verdadeiramente sustentável para a produção animal.
Considerando a realidade do campo brasileiro, ela reforça o papel dos três pilares na eficiência da criação, especialmente considerando uma abordagem sustentável (menos impacto ambiental). “Sem a conexão e a eficiência de cada um desses pilares não seria possível a sustentabilidade da atividade pecuária”, afirma.
“A abordagem sustentável não pode ser direcionada apenas ao impacto ambiental e sim ao social e econômico também. Dessa forma, a atividade é garantida, os impactos reduzidos, o bem-estar dos animais assegurado e a qualidade e desempenho, resguardado gerando a lucratividade de toda uma operação”, cita.
No entanto, embora ela considera que cada pilar tem um papel definido, na sua opinião, a genética é o insumo permanente de um rebanho. A escolha de reprodutores de alto mérito genético aliado ao objetivo de cada fazenda garante a qualidade de produção, a eficiência dos animais, a conversão alimentar, demonstrando o arcabouço genético selecionado.
“Nesse cenário, percebe-se a busca incessante pela excelência genética, pois é a partir dela que construímos os fundamentos de um futuro promissor para a produção animal sustentável”, opina.
“Porém, a sanidade dos animais conduzida por um plano de sanitário eficiente, pode, por exemplo, influenciar na reprodução das fêmeas ou na sobrevivência dos bezerros, diminuindo a eficiência reprodutiva ou a taxa de prenhez ou taxa de nascimento, o que atinge diretamente a sustentabilidade da atividade como um todo, em todos os pilares”, detalha.
Tecnologias inovadoras
A especialista também enfatiza importância da aplicação de tecnologias de ponta e metodologias inovadoras, como as ômicas. “São tecnologias e metodologias que nos permitem ter informações e métricas não apenas observando o fenótipo, mas sim colocando uma lupa e obtendo o valor mais acurado para selecionar animais e diminuindo o intervalo de gerações para a manutenção de animais eficientes”, esclarece.
Laís acrescenta que as tecnologias ômicas contêm genômica, transcriptômica, metabolômica e outras que possibilitam os estudos sobre o ambiente ruminal, por exemplo, e assim mitigar a emissão de GEE. “São todas ferramentas que garantem inclusão de informação, resultando no aumento da acurácia, além de contribuírem para atingir métricas em uma abordagem complementar”, explica.
De acordo com Laís, a sintonia entre a excelência genética e a inovação tecnológica impulsiona o progresso da pecuária e consolida seu compromisso com a sustentabilidade e responsabilidade ambiental.
“A conexão ciência-indústria-campo é vital na busca pela produção sustentável, permitindo a produção de animais mais eficientes, saudáveis e adaptados ao meio ambiente, garantindo estabilidade na produção animal e um futuro alimentar seguro e saudável para as gerações futuras”, arremata.