Mato Grosso do Sul registra recorde de produção de cana na Safra 2023/24

Estado processou um total de 52,4 milhões de toneladas do produto, alta de 17,4% em relação ao último ciclo

Foto: Divulgação / Governo Federal

A temporada de safra da cana-de-açúcar 2023/2024 chegou ao fim com saldo recorde de produção em Mato Grosso do Sul, conforme informações divulgadas durante a Expocanas, uma das maiores feiras do setor sucroenergético, realizada em Nova Alvorada do Sul (MS). Sob um ciclo marcado pela recuperação de produtividade e condições climáticas favoráveis, o Estado registrou o processamento de 52,4 milhões de toneladas do produto, um aumento significativo de 17,4% em relação à temporada anterior.
 
A produção de etanol atingiu a marca de 3,8 bilhões de litros, representando um crescimento de 15%, enquanto a produção de açúcar alcançou 2,2 milhões de toneladas, um aumento notável de 50,9%. Além disso, a energia elétrica produzida a partir da biomassa da cana também apresentou um saldo positivo, totalizando 2 milhões de MWh, um aumento de 8,6%, sendo exportados para a rede nacional.
 
O presidente da Biosul, Amaury Pekelman, destacou a consolidação de Mato Grosso do Sul como um dos principais players do setor a nível nacional. A autoridade também enfatizou a perspectiva de crescimento contínuo do setor, apontando para o potencial de Mato Grosso do Sul se tornar o segundo maior produtor de etanol no Brasil nos próximos ciclos.
 
Além dos recordes de produção, a indústria sucroenergética demonstra um impacto significativo na economia do estado. Segundo Pekelman, atualmente, são 19 indústrias em operação presentes na região, sendo responsáveis por injetar mais de R$ 1,2 bilhão em massa salarial, representando 16,5% do PIB Industrial. O setor também é um grande gerador de empregos, com cerca de 30 mil postos de trabalho diretos e indiretos, espalhados por mais de 40 municípios.

1ª Estimativa para o ciclo 2024/2025
Para o ciclo 2024/2025, a Biosul apresentou a primeira estimativa de produção para Mato Grosso do Sul, projetando um crescimento ainda mais expressivo. A expectativa é de um processamento de cana que pode atingir 53,1 milhões de toneladas, com a produção de 4,5 bilhões de litros de etanol, 2,5 milhões de toneladas de açúcar e 2,5 milhões de MWh de bioeletricidade.
 
A entidade também considerou novas unidades que entrarão em operação, aumento na participação de etanol de milho e a expansão do portfólio de bioenergia com novos produtos, como biogás e biometano.