Safra de grãos 23/24 deve cair 8% com 294,1 milhões de toneladas produzidas, diz Conab

Redução na safra de determinados grupos de grãos ocorre por conta da atuação do fenômeno El Niño

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, nesta quinta-feira (11), a sétima estimativa da safra de grãos 2023/2024, revelando que a produção de grãos no país deverá atingir um total de 294,1 milhões de toneladas, uma redução de 8% em relação à temporada anterior.

A área cultivada permanece estável, estimada em 78,53 milhões de hectares, enquanto a quebra na produção se deve, principalmente, à forte intensidade do fenômeno El Niño, que impactou negativamente o desenvolvimento das lavouras.

A produtividade média também foi afetada, passando de 4.072 quilos por hectare para 3.744 kg/ha, devido às condições climáticas desfavoráveis desde o início do plantio até as fases de desenvolvimento das lavouras nas regiões produtoras do país.

A redução na produção total, comparada à previsão anterior da Conab, reflete uma diminuição na safra de milho, estimada em 1,79 milhão de toneladas, e soja, que caiu 336,7 mil toneladas. Por outro lado, culturas como arroz, algodão, gergelim, sorgo e feijão apresentam perspectivas de aumento de produção em relação ao último levantamento.

A estimativa para a produção de soja é de 146,52 milhões de toneladas, representando uma redução de 5,2% em relação à safra anterior. As baixas precipitações e as temperaturas acima do normal nas principais regiões produtoras do Centro-Oeste e Sudeste contribuíram para o atraso do plantio e perdas na produtividade.

Já o milho tem sua segunda safra está estimada em 85,62 milhões de toneladas, enquanto a produção total de feijão apresenta um acréscimo de 18,4%, com uma colheita estimada em 1,5 milhão de toneladas. Além disso, o arroz registra uma expectativa de produção em 10,57 milhões de toneladas, apresentando uma recuperação em relação à safra anterior.

A companhia ajustou as estimativas de exportação para o milho na safra 2023/24, considerando a redução na produção total do cereal. Em contrapartida, o aumento na produção de feijão possibilita um incremento no estoque de passagem da leguminosa. Quanto ao arroz, as projeções no quadro de suprimentos permaneceram praticamente estáveis, com a Companhia estimando uma expansão do consumo nacional para 10,5 milhões de toneladas.