Aprovações para transação da Minerva e Marfrig são esperadas para próximos meses

Expectativa de conclusão da aquisição de unidades de carne bovina gera especulações sobre prazos e desafios regulatórios

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Em teleconferências de resultados com analistas, executivos da Minerva Foods e da Marfrig compartilharam na semana passada suas expectativas sobre as aprovações regulatórias para a aquisição de plantas de carne bovina da Marfrig pela Minerva na América do Sul. Ambas as empresas estão otimistas com o processo, prevendo um desfecho em aproximadamente seis meses.

O diretor financeiro da Minerva Foods, Edison Ticle, expressou confiança de que as aprovações, tanto do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) quanto de órgãos antitruste, serão concluídas ao longo do segundo trimestre deste ano. Por outro lado, o presidente do Conselho de Administração da Marfrig, Marcos Molina, estima que as aprovações aconteçam entre o final do terceiro trimestre e o início do quarto trimestre de 2024.

O acordo anunciado pela Marfrig em agosto do ano passado envolve a venda de unidades de abates de bovinos e ovinos na América do Sul para a Minerva Foods por R$ 7,5 bilhões. Este acordo inclui 11 unidades de abate de bovinos no Brasil, bem como ativos na Argentina, Uruguai e Chile.

Entretanto, o processo enfrenta alguns obstáculos, especialmente no Uruguai, onde há oposição à transação. Grupos de vendedores de carne e defensores dos consumidores e produtores manifestaram-se contra a compra de três frigoríficos da Marfrig pela Minerva, argumentando sobre a concentração de mercado. Essa resistência local adiciona um elemento de incerteza ao processo.