05/04/2024 às 08h51min - Atualizada em 05/04/2024 às 08h51min

Aditivo natural ajuda a reduzir emissão de metano entérico em 14,9%

Estudo atesta a eficácia do aditivo Fator P na redução de gases e no aumento da produtividade

André Luiz Casagrande
Foto: Divulgação Breno Lobato / Embrapa
Uma das principais preocupações da produção sustentável de alimentos no Brasil e no mundo é a emissão de gases de efeito estufa (GEE) pela pecuária bovina. Liberado durante a digestão dos animais, o metano representa um desafio para o setor e diminuição desses gases é um compromisso que deve ser assumido por todos os envolvidos na cadeia produtiva.
 
Diante desse cenário, empresas trabalham continuamente no desenvolvimento de produtos e soluções que promovam mais produtividade e lucratividade na pecuária, sem abrir mão da sustentabilidade.
 
Recentemente, um estudo realizado em parceria entre a Premix e a Unesp de Jaboticabal comprovou que bovinos suplementados com aditivo natural tiveram redução na emissão de gases metano entérico e de dióxido de carbono (CO2) equivalente por quilo de matéria seca ingerida.
 
Com o objetivo do estudo foi avaliar a redução do metano entérico e o diferencial de ganho em carcaça, durante seis meses, foram escolhidos  dois grupos de bovinos. Conforme explica o diretor de PD&I da Premix, Lauriston Bertelli Fernandes, um grupo foi suplementado com o aditivo natural Fator P na dieta, e o outro, chamado controle, não recebeu nenhum aditivo.
 
“O Fator P é um aditivo zootécnico 100% natural e sustentável, uma vez que seus ingredientes são todos naturais, melhorador de performance de animais que auxilia no desempenho, no ganho de peso, na reprodução e na produção de leite, além de contribuir com a redução da emissão de gases de efeito estufa, especificamente o metano entérico”, detalha Fernandes.
 
O estudo
O executivo conta que o experimento foi realizado utilizando a metodologia de respirometria combinada com calorimetria, a mais precisa para medir o gás metano, que se baseia em utilizar uma máscara valvulada não ventilada e, em conjunto com a espirometria, pode-se realizar medidas mecânicas do trato respiratório, sendo a taxa de ventilação a principal delas.
 
“Conhecendo a proporção de metano na amostra de ar expirado e o volume de ar que está passando, podemos calcular a quantidade de metano emitida por segundo, por hora e em um período de 24 horas”, informa o pesquisador da Unesp, Vinícius Fonseca.
 
A relação entre a iniciativa privada e as instituições de pesquisas científicas, segundo Fernandes, é muito importante para projetos de inovação. “Essa parceria é um exemplo concreto do valor dessa colaboração. O projeto, que visa desenvolver soluções inovadoras para a pecuária, reúne a expertise da empresa em nutrição animal com o conhecimento científico da instituição em áreas como biotecnologia, zootecnia e engenharia ambiental”, enfatiza.
 
Resultados
De acordo com o especialista, após o experimento, os resultados mostraram que os animais que receberam o aditivo Fator P apresentaram redução de 14,9% na emissão de gás metano entérico.
 
“Em termos de eficiência de manejo, o valor representa uma diminuição de 45,7 gramas de CO2 equivalente por quilo de matéria seca ingerida, ou 851 gramas de CO2 equivalente por quilo de ganho em peso vivo do animal”, aponta.
 
Na prática, ele explica esse valor mostra que o grupo de animais controle, ou seja, que não recebeu o aditivo natural na dieta, emitiu 29,4% a mais de dióxido de carbono equivalente por quilo de ganho em peso vivo em relação ao primeiro grupo.
 
“O Fator P também foi responsável pelo aumento do ganho de peso vivo corporal diário, que chegou a 146,5 gramas a mais que os animais do grupo controle, provando que o uso do produto 100% natural aumenta a produtividade do rebanho, reduz a emissão de gases e colabora com a pecuária de valor sustentável”, arremata Fernandes.

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