19/02/2024 às 08h53min - Atualizada em 19/02/2024 às 08h53min

Brasil se prepara para ano desafiador para a exportação de soja

Queda na safra nacional de soja reflete-se nas projeções de exportação do país, enquanto mercado global enfrenta ampla oferta e demanda moderada

- Da Redação, com Canal Rural
Foto: reprodução

A temporada de exportação de soja do Brasil em 2024 está marcada para enfrentar desafios significativos, com as projeções indicando uma redução no volume embarcado em comparação com o ano anterior. Essa perspectiva é resultado direto da queda na safra 2023/24, especialmente devido às condições climáticas adversas em importantes regiões produtoras, como Mato Grosso.

 

De acordo com o último relatório divulgado pela Safras & Mercado, as exportações brasileiras de soja devem totalizar cerca de 94 milhões de toneladas em 2024, uma redução em relação às 101,86 milhões de toneladas exportadas em 2023. Essa estimativa reflete não apenas a diminuição na produção, mas também a forte concorrência no mercado global, onde a oferta da oleaginosa é abundante.

 

A previsão de esmagamento de soja, no entanto, apresenta um ligeiro aumento em relação ao ano anterior, indicando uma maior demanda interna. No entanto, as importações projetadas para 2024 são inferiores às registradas em 2023, refletindo a menor disponibilidade de produto no mercado internacional.

 

A retração das cotações internacionais da soja tem sido influenciada pela ampla oferta mundial da commodity, aliada a sinais de demanda mais fraca, especialmente nos Estados Unidos, um dos principais players do mercado. As chuvas recentes no Brasil e na Argentina melhoraram as condições das lavouras, contribuindo para uma perspectiva de aumento na produção desses países.

 

Enquanto isso, nos Estados Unidos, a previsão para a área plantada com soja em 2024 aponta um aumento em relação ao ano anterior, impulsionando a expectativa de uma safra maior. No entanto, os números divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ficaram acima das expectativas do mercado, adicionando pressão adicional às cotações.

 

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