16/02/2024 às 09h28min - Atualizada em 16/02/2024 às 09h28min

Inteligência artificial, uma aliada no controle da mastite

André Luiz Casagrande
Foto: Reprodução
Solução focada na identificação dos patógenos causadores da mastite em até 24 horas, o Smart Lab, minilaboratório da Rúmina, foi idealizado para ser utilizado na própria fazenda. Trata-se de uma ferramenta de inteligência de dados, composta por dois algoritmos: diagnóstico automático e análise de dados de mastite clínica.
 
Segundo Cristian Martins, PhD em Nutrição e Produção Animal e gerente de Produto e Inovação da Rúmina, a ferramenta é dividida em duas partes. “A superior, possibilita a inoculação da amostra, ou seja, o produtor coleta o leite da vaca e o deposita em uma placa de análise, onde se encontra os meios de cultura da OnFarm”, explica.
 
“Já a segunda, a estufa, é representada por um tipo de gaveta, onde é posta a placa que, após a inoculação, ficará por 24 horas e fornece o diagnóstico da amostra, identificando o patógeno responsável pala mastite”, acrescenta.
 
Custo
Com relação ao custo da ferramenta, Martins comenta que ele é parte de um produto, a OnFarm e, dentro dessa solução, há vários planos que contemplam o laboratório, o uso do aplicativo, no qual são cadastradas as amostras, as informações dos animais e das culturas, o auxílio do time técnico, responsável pelo suporte à inteligência artificial Rúmi, que opera junto do aplicativo, e as placas de análise, enviadas bimestralmente.
 
“O valor final varia conforme a quantidade de placas contratadas pelo produtor e, consequentemente, as análises necessárias. Os planos começam a partir de R$ 447,00 e o minilaboratório fica na fazenda em comodato durante o período em que o produtor mantiver a assinatura do seu pacote”, detalha o gerente de produto.
 
Conforme Martins, por ser uma inteligência artificial que auxilia na leitura de placas de análise através da coloração das colônias, em um curto período e a acurácia de um profissional treinado, o custo-benefício é maior comparado ao método tradicional (custo-benefício direto de 1:5, devido, principalmente por causa da redução de descarte de leite por tratamentos desnecessários).
 
“Conseguimos economizar tempo, uma vez que não se espera mais cerca de cinco ou seis dias para obter o resultado, como também não é necessário enviar as amostras pelo correio. Tudo é realizado dentro da propriedade”, diz ele.
 
“Também economizamos dinheiro, já que o diagnóstico rápido e assertivo permite tratar com eficiência o animal, identificando se há ou não a necessidade do uso de antibióticos, o que interfere diretamente na produção do leite”, completa Brunna Granja, médica-veterinária e coordenadora de Customer Success na Rúmina – OnFarm.

Vantagem
Na opinião de Brunna, a principal vantagem do Smart Lab em relação ao método tradicional utilizado para a identificação da mastite é a facilidade em realizar a cultura na propriedade.

“Em 24 horas, é possível entender de fato o quadro clínico e assim tratá-lo de forma mais assertiva. No método tradicional, isso poderia levar dias, o que interfere na qualidade de vida do animal e na produção de leite, já que muitas vezes o uso de antibióticos é feito sem necessidade e toda produção é descartada”, explica.
 
Ela informa que a utilização da ferramenta na fazenda depende de mão de obra e conexão com a internet, que é importante por conta do aplicativo, para o cadastro de todas as amostras.
 
“A mão de obra não precisa ser técnica, já que o Smart Lab é de fácil entendimento e intuitivo. No entanto, o produtor deve ter alguém que se atente à cultura microbiológica e que faça a passagem do leite para a placa de análise”, arremata a médica-veterinária.
 

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