​Preços do café seguem firmes no Brasil durante o começo de fevereiro

Mercado mantém estabilidade, mas ajustes futuros podem afetar curva de preços

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O mercado físico brasileiro de café permanece com preços sólidos nesta primeira quinzena de fevereiro. A bebida boa no Sul de Minas é comercializada em cerca de R$ 1.010 a saca, mantendo-se acima da referência de R$ 1 mil. Para Gil Barabach, consultor da SAFRAS & Mercado, embora a descrição esteja em uma faixa favorável ao vendedor, não demonstra a mesma força de alta vista no ano passado.

Barabach alerta para o risco de uma mudança drástica na curva de preço, especialmente com a aproximação da safra de 2024. Ele aponta que o volume elevado de café ainda nas mãos dos produtores pode impactar negativamente os preços futuros. A fixação antecipada de preços para setembro de 2024, atualmente entre R$ 1.015 e R$ 1.025 a saca, é recomendada como uma estratégia para gerenciar esse risco.

Os preços das bebidas finas também continuam acima da média, embora tenham mostrado um leve recuo neste início de fevereiro. A expectativa é que a oferta de robusta/conilon melhore com a safra da Indonésia em abril e uma produção maior no Brasil a partir de abril/maio, o que pode pressionar os preços internacionais para baixo.

Apesar dessas considerações, Barabach observa que a alta nos preços do café no final do ano passado coincidiu com uma queda nas cotações dos insumos, o que melhorou a relação de troca para os produtores. Essa dinâmica favorável continua a ser um ponto positivo para o setor.