Bolsa de Valores: impactos do El Niño e previsões para o La Niña nas ações do agronegócio

Previsões climáticas indicam o fim do El Niño em março, seguido pela chegada do La Niña em junho de 2024

Foto: Reprodução

A iminente chegada do La Niña, fenômeno climático oposto ao El Niño, está gerando expectativas e projeções de impacto em várias atividades do setor agropecuário. Anteriormente previsto para persistir até o final de 2025, o El Niño agora deve encerrar em abril, abrindo caminho para a entrada do La Niña.
 
No Brasil, as mudanças climáticas associadas ao La Niña indicam um aumento na quantidade de chuvas, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, enquanto o Sul do país pode experimentar condições mais secas.
 
Durante o Giro do Mercado, a analista da Empiricus Research, Larissa Quaresma, destacou os impactos diferenciados desses fenômenos climáticos em várias empresas do setor agropecuário brasileiro.
 
Ela observou que a reviravolta nas previsões climáticas, que agora apontam para a chegada do La Niña no meio do ano, alterou as expectativas originais de um El Niño prolongado até 2025. Essa mudança teve efeitos variados nas empresas do setor.
 
A Raízen, por exemplo, se beneficiou com as chuvas oportunas, alcançando uma produtividade recorde nesta safra 2023/2024. Por outro lado, empresas como 3tentos e SLC Agricola, com forte exposição territorial em áreas como o Mato Grosso, foram prejudicadas pelos efeitos negativos do El Niño, especialmente devido às condições de tempo seco.
 
Quaresma ressalta que o La Niña, em média, é mais favorável para as empresas do setor agropecuário. Ela destaca a 3tentos como uma empresa que pode sofrer com a chegada desse fenômeno, dada sua atuação como uma loja de materiais agrícolas e sua presença nas regiões afetadas. Por outro lado, a SLC Agrícola, devido à sua diversificação geográfica e áreas irrigadas, deve ser impactada em menor grau.