A produção de soja no Brasil está enfrentando um revés em 2024 devido às condições climáticas adversas, especialmente em Mato Grosso, resultando em projeções de exportação menores para o país, de acordo com o mais recente relatório da consultoria Safras & Mercado. As estimativas apontam para embarques de aproximadamente 95 milhões de toneladas em 2024, uma redução significativa em relação às 101,86 milhões registradas no ano anterior.
Essa nova previsão representa uma revisão para baixo em comparação com as expectativas anteriores de 100 milhões de toneladas para ambas as temporadas, conforme divulgado no relatório de dezembro.
O esmagamento de soja também será afetado, com a Safras & Mercado projetando 54,3 milhões de toneladas em 2024, um aumento modesto de 1% em relação às 53,5 milhões de toneladas de 2023. Esses números ajustam-se em relação às projeções anteriores de 54 milhões e 53 milhões de toneladas, respectivamente.
A consultoria prevê uma importação de 110 mil toneladas em 2024, indicando uma redução significativa em relação às 181 mil toneladas de 2023. Em termos gerais, a oferta total de soja deverá diminuir 4%, atingindo 156,77 milhões de toneladas, com uma demanda total projetada em 152,3 milhões de toneladas, representando uma queda de 4% em relação ao ano anterior. Consequentemente, os estoques finais deverão sofrer uma redução de 16%, passando de 5,306 milhões para 4,472 milhões de toneladas.
No segmento de farelo de soja, a Safras prevê uma produção de 41,68 milhões de toneladas em 2024, um aumento de 1%. As exportações devem registrar uma queda de 7%, atingindo 21 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno está projetado em 18,5 milhões, um aumento de 3%. Os estoques deverão apresentar um aumento significativo de 87%, totalizando 4,67 milhões de toneladas.
No setor de óleo de soja, a produção deve aumentar 1%, atingindo 10,96 milhões de toneladas. As exportações, no entanto, devem experimentar uma queda acentuada de 36%, alcançando 1,5 milhão de toneladas. O consumo interno previsto é de 9,5 milhões de toneladas, refletindo um aumento de 10%, enquanto o uso para biodiesel tende a crescer 18%, chegando a 5,2 milhões de toneladas. A previsão é de estoques recuando 4%, totalizando 485 mil toneladas.