11/01/2024 às 09h08min - Atualizada em 11/01/2024 às 09h08min

Soja: Conab corta parte da safra, e produtores dão continuidade à colheita preocupados com a qualidade

Com a redução estimada pela Conab, os produtores enfrentam desafios na colheita e aguardam pelas chuvas, enquanto o mercado espera pelos dados do USDA

- Da Redação, com Notícias Agrícolas.
Imagem: Reprodução

As estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra brasileira de soja, apesar de indicarem um corte na produção, ainda geram incertezas no mercado. Enquanto a colheita da soja avança no Brasil, os produtores enfrentam não apenas perdas de potencial produtivo, mas também a crescente preocupação com a qualidade dos grãos colhidos.

Algumas regiões, contudo, apresentam índices de rendimento que podem compensar, ao menos parcialmente, as perdas decorrentes das adversidades climáticas, especialmente no Centro-Oeste. O consultor de mercado Vlamir Brandalizze destaca que, embora a Conab esteja no caminho certo ao reduzir a safra, os números ainda estão acima da média esperada pelo mercado, impactando as negociações em Chicago.

O mercado, atento às projeções, aguarda agora os números do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que devem ser divulgados na sexta-feira (12). As expectativas apontam para uma redução na estimativa de produção brasileira de soja, com a média das projeções indicando 156,26 milhões de toneladas. O clima desfavorável, especialmente no Centro-Oeste, já levou o adido do USDA no Brasil a revisar seus números para 158,5 milhões de toneladas.

Enquanto algumas regiões enfrentam colheitas prejudicadas pelo clima, outras ainda não iniciaram a colheita, mas as expectativas são igualmente preocupantes. A redução de produtividade é uma realidade em diversas localidades, como no Norte de Mato Grosso e em regiões do interior de São Paulo, onde a seca e o excesso de chuvas impactaram o desenvolvimento das lavouras.

A região Sul e Sudeste do Brasil são foco de preocupação devido às condições climáticas desfavoráveis. No entanto, a previsão de boas chuvas entre janeiro e março pode favorecer as lavouras do Brasil Central e amenizar os impactos da estiagem no Matopiba.

Apesar das revisões nas estimativas, os preços na Bolsa de Chicago continuam em queda, refletindo uma análise do mercado que vai além da confirmação da quebra de safra no Brasil. O cenário atual aponta para uma pressão contínua sobre as cotações, mantendo os produtores atentos às incertezas do clima e às projeções do mercado internacional de grãos.

 

Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://canalpecuarista.com.br/.