10/01/2024 às 09h32min - Atualizada em 10/01/2024 às 09h32min

Mapa pedirá à OMSA reconhecimento de SP como zona livre de febre aftosa

Brasil tem como meta se tornar completamente livre de febre aftosa sem vacinação até 2026

- Da Redação, com CarneTec
Foto: Divulgação / Ministério da Agricultura
No decorrer do ano de 2024, o estado de São Paulo está em meio a uma série de transformações significativas após a retirada da vacinação contra a febre aftosa. Esta iniciativa, liderada pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) paulista, busca o reconhecimento internacional de zona livre sem vacinação contra essa enfermidade.

De acordo com informações divulgadas pela CDA/SAA na última quinta-feira (4), o estado está avançando em direção ao reconhecimento internacional de zona livre sem vacinação contra a febre aftosa. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) tem como plano apresentar esse pleito à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) em agosto deste ano, com expectativa de reconhecimento internacional até maio de 2025.

Após a campanha realizada em novembro de 2023, São Paulo adotou medidas específicas para preservar a sanidade do rebanho pecuário. O médico-veterinário Breno Welter, gerente do Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa (PEEFA), ressaltou a importância do engajamento de todo o setor produtivo na vigilância, que será fundamental tanto para prevenir a doença quanto para detectá-la precocemente em caso de reintrodução.

Como parte do plano estratégico, o Mapa autorizou a suspensão da vacinação em outros estados, como Amapá, Bahia, Maranhão, Pará, Rio de Janeiro, Roraima e Sergipe, cuja última etapa está prevista para abril de 2024. Essa medida é crucial para garantir a harmonização com os demais estados do Bloco IV e evitar restrições no trânsito de animais e produtos.

O Brasil tem como meta se tornar completamente livre de febre aftosa sem vacinação até 2026. Para alcançar esse objetivo, será estabelecida uma norma a partir de 1º de maio de 2024, restringindo a movimentação de animais e produtos entre os estados autorizados a suspender a vacinação e aqueles que ainda a praticam.

Atualmente, estados como Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e parte do Amazonas continuarão a adotar a vacinação contra a doença. Essa restrição é necessária para atender às exigências da OMSA, que requer a suspensão da vacinação e a proibição do ingresso de animais vacinados nos estados e regiões propostas por pelo menos 12 meses para o reconhecimento internacional.

A partir da retirada da vacinação, os produtores precisarão declarar seu rebanho nos meses de maio e novembro, seguindo a mesma prática anterior à mudança. Além dos bovídeos, será necessário declarar todos os animais de outras espécies presentes na propriedade, como equídeos, suínos, ovinos, caprinos e aves.

Essas mudanças representam um marco na estratégia de erradicação da febre aftosa no Brasil, destacando a necessidade de adaptação e comprometimento do setor agropecuário diante desse novo cenário em evolução.
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