A segunda reestimativa da safra de laranja 2023/24 no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro, divulgada pelo Fundecitrus, reduziu a projeção para 307,22 milhões de caixas de 40,8 kg. Esta revisão representa uma queda de 2,12 milhões de caixas em relação à projeção inicial de maio.
A diminuição no tamanho dos frutos, especialmente das variedades Pera Rio, Valência, Valência Folha Murcha e Natal, é apontada como a principal causa desta redução. O coordenador da Pesquisa de Estimativa de Safra do Fundecitrus, Vinícius Trombin, destaca que as chuvas abaixo da média histórica desde o início das colheitas têm afetado o crescimento esperado das laranjas, especialmente das variedades em atualização.
O ritmo acelerado da colheita também contribuiu para o encurtamento do período de desenvolvimento dos frutos, resultando em uma quantidade significativa de laranjas colhidas antes da temporada de chuvas, que naturalmente contribuem para o enchimento dos frutos. Além disso, o aumento do greening, uma doença, também impactou o crescimento das laranjas, demonstrando variações no tamanho dos frutos em regiões com diferentes níveis de severidade da doença.
Apesar da redução, a taxa de queda prematura de frutos, exceto na variedade Natal, está menor do que o projetado, o que parcialmente compensa a diminuição no tamanho das laranjas.
A projeção da taxa de queda de frutos foi revisada de 21% para 19% em média, resultando em um peso médio dos frutos de 160 gramas ao final da safra. Essa redução impactará o peso médio das laranjas, ficando abaixo da média dos últimos 10 anos, que é de 163 gramas.
A Pesquisa de Estimativa de Safra, realizada pelo Fundecitrus em colaboração com outras entidades, fornece insights cruciais sobre a situação e os desafios enfrentados pelo setor citrícola no Brasil.