08/12/2023 às 10h18min - Atualizada em 08/12/2023 às 10h18min
Chuvas intensas fazem plantio de soja no Paraná ter prazo estendido
Produtores rurais terão mais tempo para semear oleaginosa em duas regiões paranaenses, após precipitações extremas afetarem a safra
- Da Redação, com Canal Rural
Foto: Divulgação Os produtores rurais do Paraná foram contemplados com uma prorrogação no prazo de plantio da soja na temporada 2023/24. Em resposta às intensas chuvas que atingiram o estado nos últimos meses, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) estendeu o prazo para a realização do plantio em duas regiões específicas.
As precipitações extremas resultaram na necessidade de replantio de diversas lavouras, levando os agricultores das áreas mais impactadas a terem a oportunidade de realizar a semeadura para além do período inicialmente estipulado.
A portaria 886 de 2023, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que define as datas de plantio, estabeleceu três calendários distintos para diferentes regiões do Paraná. As propriedades mais afetadas pelas chuvas, localizadas nas zonas 1 e 3, receberam a extensão do prazo.
Anteriormente, o prazo limite para o plantio nessas áreas era, respectivamente, até 18/01/2024 (zona 1) e 15/01/2024 (zona 3). Agora, os produtores nessas regiões terão até 31 de janeiro para lançar as sementes no solo. Entretanto, na zona 2, não houve qualquer alteração e o prazo final para o plantio da oleaginosa permanece em 20/12/2023.
É importante ressaltar que a extensão do prazo não é automática. Os sojicultores das regiões 1 e 3 precisarão cadastrar suas áreas na Adapar, preenchendo um formulário específico disponível no site da agência.
Ana Paula Kowalski, técnica do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema Faep/Senar-PR, comentou sobre o impacto das chuvas nos plantios, observando que aproximadamente 1% da área total de soja costuma ser semeada tardiamente, principalmente no Sudoeste e Sudeste do Paraná, onde ocorreu o excesso de chuvas em outubro/novembro.
Kowalski mencionou que esse cenário impediu a semeadura de culturas antecessoras à soja, como milho e feijão, ou demandou o replantio em algumas áreas, resultando em atrasos que afetam o início do plantio da soja em janeiro.
A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) acompanhou a questão do calendário de plantio da soja durante o ano. Em julho, a portaria inicial do Mapa (840 de 2023) encurtava a janela de semeadura para 100 dias, até que, após intervenção da Faep, o Mapa, em setembro, aceitou a divisão do estado em lotes, configurando o atual calendário.