JBS e Marfrig anunciam investimentos em rastreabilidade de carne bovina durante COP28

JBS e Marfrig se comprometem a impulsionar a sustentabilidade e transparência na cadeia produtiva de carne bovina

Foto: Reprodução

Durante a Conferência do Clima (COP28) em Dubai, as gigantes do processamento de carne bovina, JBS e Marfrig, revelaram planos significativos para fortalecer a rastreabilidade e sustentabilidade na cadeia de produção, em anúncios separados na última semana.

A Marfrig adiantou sua meta, agora visando monitorar integralmente sua cadeia de fornecimento de gado até 2025, investindo R$ 100 milhões na nova etapa de seu Programa Verde+, focado na consolidação de uma pecuária sustentável. O programa inclui a recuperação de pastagens degradadas, a restauração de florestas nativas, melhorias genéticas no rebanho e a produção de carne com baixa pegada de carbono, entre outras ações, conforme divulgado pela empresa.

Por outro lado, a JBS anunciou um investimento de R$ 43,3 milhões ao longo dos próximos três anos para aprimorar a transparência e rastreabilidade da cadeia pecuária no Pará, oferecendo suporte a pequenos produtores com programas de regularização ambiental e adoção de práticas regenerativas e sistemas agroflorestais.

Parte desse investimento, aproximadamente R$ 5 milhões, será destinada à implementação de rastreamento individual por meio de chips no rebanho bovino no Pará nos próximos três anos. A JBS informou que o processo piloto para a rastreabilidade individual começou na unidade da Friboi em Marabá (PA).

Após a validação do sistema e a definição de protocolos para adoção dessa tecnologia pelas fazendas fornecedoras diretas da JBS, a empresa planeja auxiliar outros parceiros no projeto, iniciando testes em fazendas de criação e recriação de animais.

Além do aporte da JBS, o Programa de Integridade e Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Pecuária de Bovídeos Paraenses do governo estadual conta com R$ 80 milhões provenientes do Fundo Bezos, segundo comunicado divulgado pelo governo do Pará.

O programa estadual busca rastrear todo o rebanho bovino até dezembro de 2026, validar 100% dos Cadastros Ambientais Rurais até o mesmo período, recuperar 20% das áreas de pastagens degradadas e priorizar a implementação da rastreabilidade em Territórios Coletivos, como terras de povos indígenas e comunidades tradicionais.