14/11/2023 às 09h15min - Atualizada em 14/11/2023 às 09h15min

Exportações de carne bovina têm queda de 20% na receita em outubro, diz Abrafrigo

Entidade revela queda acentuada nos preços internacionais do produto, afetando resultados no mercado global

- Da Redação, com Carnetec
Foto: Freepik
A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) divulgou dados sobre as exportações de carne bovina em outubro deste ano. De acordo com a entidade, a receita das exportações do produto caiu 20% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando US$ 982,6 milhões. Os números refletem uma redução nos preços do produto no mercado internacional, uma tendência que vem se mantendo desde o início do ano.

Apesar da queda na receita, o volume de exportações apresentou um aumento de 3%, atingindo 240,9 mil toneladas em outubro na comparação com as 234 mil toneladas do mesmo mês em 2022.

No acumulado do ano, a situação não se mostra mais favorável. A receita das exportações de carne bovina brasileira até outubro caiu 23%, alcançando US$ 8,76 bilhões em comparação aos US$ 11,37 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior. Surpreendentemente, o volume se manteve estável, com um total de 1,998 milhão de toneladas em 2023 e 1,994 milhão de toneladas no ano passado.

O principal ponto de preocupação para a Abrafrigo são os preços pagos pelos importadores. Em outubro de 2022, o preço médio da carne bovina brasileira foi de US$ 5.228 por tonelada, enquanto no mesmo mês deste ano, caiu para US$ 4.078 por tonelada. Já no acumulado do ano, o preço médio de 2022 foi de US$ 5.727 por tonelada, em comparação a US$ 4.381 de janeiro a outubro de 2023.

A China, principal importadora da carne bovina brasileira, representou 49% das vendas brasileiras até outubro, enfrentando uma queda de 32,3% na receita. No mesmo período de 2022, a China havia contribuído com uma receita de US$ 6,979 bilhões, enquanto neste ano foi de US$ 4,723 bilhões. Os preços médios caíram de US$ 6.621 por tonelada em 2022 para US$ 4.819 em 2023, com uma redução de 7% no volume, passando de 1,05 milhão de toneladas para 980 mil toneladas.

Os Estados Unidos se mantiveram como o segundo maior importador da carne bovina brasileira, com um aumento de 49,1% no volume de importações, chegando a 235,9 mil toneladas, e uma receita 0,9% menor.

O Chile aparece como o terceiro maior importador, registrando um aumento de 28,8% na quantidade de carne adquirida, com 82,3 mil toneladas, e um incremento de 24% na receita, alcançando US$ 400 milhões. Hong Kong, por sua vez, importou 94,8 mil toneladas (+15%), totalizando uma receita de US$ 289 milhões (-0,1%).

Segundo a Abrafrigo, 74 países aumentaram suas importações até outubro, enquanto outros 96 reduziram suas compras, sinalizando um cenário complexo e desafiador para o mercado de exportação de carne bovina.

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