11/10/2023 às 09h05min - Atualizada em 11/10/2023 às 09h05min

Cepea: arroz tem baixa no volume exportado, enquanto algodão registra alta e cafeicultores resistem aos baixos preços

Cotações firmes, exportações e desafios enfrentados pelos produtores são apresentados em último relatório do Cepea

- Da Redação, com Cepea
Foto: Reprodução
As cotações do arroz em casca mantêm-se firmes no mercado brasileiro, refletindo a restrição de oferta e a preocupação com o ritmo de cultivo da nova temporada. Segundo informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, nesta quarta-feira (11), a liquidez está baixa, com agentes preferindo negociar o arroz armazenado nas unidades industriais devido às dificuldades logísticas impostas pelo clima. 

Além disso, a valorização da taxa de câmbio atraiu vendedores para cumprir os contratos no porto de Rio Grande (RS), onde as ofertas estiveram mais atrativas nos últimos dias.

Em relação às exportações, dados da Secex indicam que o Brasil exportou 81,7 mil toneladas de arroz base casca em setembro de 2023, um volume 70,8% menor que o de agosto de 2023 e 59% abaixo do escoado no mesmo período de 2022. Quanto às importações, o país recebeu 111,3 mil toneladas de arroz base casca em setembro de 2023, representando uma queda de 31,6% em relação ao mês anterior e um recuo de 6,2% em comparação com setembro de 2022.

Algodão: Preços elevados impulsionam exportações
Apesar do enfraquecimento recente dos preços externos do algodão em pluma e da paridade de exportação, ambos continuam em patamares elevados e acima dos preços praticados no mercado doméstico. Conforme informações do Cepea, esse cenário estimula as negociações destinadas à exportação, levando alguns compradores nacionais a pagar valores maiores pela pluma na tentativa de atrair vendedores. No mês de outubro, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, se mantém firme.

Café: Produtores resistem a preços baixos
As cotações do café arábica operam na casa dos R$ 800 por saca de 60 kg neste início de outubro, um patamar considerado baixo pelos produtores, especialmente quando comparado ao valor de mais de R$ 1.100 por saca há um ano. Nesse contexto, pesquisadores do Cepea observam que muitos vendedores estão resistentes em comercializar novos lotes, e os poucos negócios que vêm sendo fechados envolvem pequenos volumes e ocorrem em casos de necessidade de caixa. Por enquanto, as atenções dos vendedores se voltam às lavouras e às expectativas em relação à temporada 2024/25.

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