Exportações de carne bovina brasileira crescem 6% em setembro

Queda nos preços médios e menor demanda chinesa impactam receita do setor

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No mês de setembro, as exportações de carne bovina do Brasil registraram um aumento de 6% em comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando 246,3 mil toneladas, de acordo com a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). No entanto, a receita gerada por essas exportações diminuiu 24%, atingindo US$ 1 bilhão, principalmente devido a uma queda nos preços médios dos produtos exportados.
 
De janeiro a setembro, o volume total de carne bovina exportada pelo Brasil alcançou 1,75 milhão de toneladas, refletindo um modesto aumento de 0,4% na comparação anual. O faturamento acumulado no ano atingiu US$ 7,8 bilhões, uma queda de 23% em relação ao mesmo período do ano anterior.
 
Um fator importante a ser destacado é a redução significativa nos preços médios pagos pela China, o maior importador da carne bovina brasileira. Os preços caíram 27,6% no acumulado do ano, chegando a US$ 4.850 por tonelada. Isso levou a uma redução nas compras chinesas em 6,8%, totalizando 860,97 mil toneladas e gerando um faturamento de US$ 4,2 bilhões para o setor brasileiro, em comparação com os US$ 6,2 bilhões registrados no mesmo período de 2022.
 
Por outro lado, os Estados Unidos, o segundo maior importador, aumentaram suas compras em impressionantes 52,9% até setembro, totalizando 196,65 mil toneladas. Entretanto, os preços médios da carne bovina enviada aos EUA caíram em 36,5%, chegando a US$ 3.610 por tonelada.
 
O Chile, terceiro maior importador, também registrou um aumento nas compras, adquirindo 76,1 mil toneladas em 2023, um aumento de 32,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, o que gerou um crescimento de 27,3% na receita, totalizando US$ 371,7 milhões. Enquanto Hong Kong, na quarta posição, importou 86,1 mil toneladas no acumulado até setembro, um aumento de 16%, mas com uma ligeira queda de 0,7% na receita, que atingiu US$ 262,8 milhões.