05/10/2023 às 09h19min - Atualizada em 05/10/2023 às 09h19min

Previsão climática para outubro: Chuvas desiguais e temperaturas extremas no campo

Inmet divulga prognóstico climático e seu impacto na agricultura brasileira

- Da Redação, com Mapa
Foto: Divulgação / Ministério da Agricultura
No mês de outubro, o Brasil enfrentará uma situação climática de contrastes, com previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) apontando para chuvas acima da média no centro-sul do país e chuvas abaixo da média nas regiões Norte e Nordeste. Essa disparidade terá implicações significativas no setor agrícola, afetando tanto o final da safra de grãos 2022/23 quanto o início da safra 2023/24.

Chuvas irregulares no país
Nas regiões Norte e Nordeste, a previsão é de que as chuvas fiquem abaixo da média histórica para o mês de outubro, com volumes inferiores a 70 milímetros. O Nordeste e o norte da região amazônica enfrentarão essa situação, enquanto a faixa oeste e algumas áreas do sul da Região Norte experimentarão chuvas próximas e ligeiramente acima da média, com previsões de acumulados abaixo de 140 mm.

Por outro lado, as regiões Centro-Oeste e Sudeste verão o retorno gradual das chuvas, principalmente em áreas de Mato Grosso do Sul, São Paulo e sul de Minas Gerais, com volumes previstos inferiores a 160 mm. Nas demais áreas, a tendência é de chuvas abaixo da média, especialmente no centro-norte de Minas Gerais, onde os acumulados podem ser inferiores a 100 mm.

Na Região Sul, a previsão é de chuvas acima da média, destacando-se o centro-oeste do Rio Grande do Sul, a parte central de Santa Catarina e o extremo sul do Paraná, onde os volumes previstos podem superar 250 mm.

Impacto na Agricultura
O prognóstico climático do Inmet para outubro de 2023 tem um impacto direto na agricultura brasileira. Em áreas do Matopiba (que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), a falta de chuva poderá atrasar a semeadura dos cultivos de primeira safra de grãos 2022/23 devido aos baixos níveis de água no solo.

Em contrapartida, no Sealba (região que engloba os estados de Sergipe, Alagoas e nordeste da Bahia), a redução do armazenamento de água no solo poderá causar restrição hídrica aos cultivos de terceira safra, mas beneficiará as operações de colheita.

Em grande parte do Brasil Central, os níveis de água no solo devem permanecer baixos, o que pode favorecer a finalização da safra de grãos 2022/23. No entanto, a irregularidade da chuva em uma faixa que se estende desde o Mato Grosso até o Espírito Santo manterá a umidade no solo baixa, afetando a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra. Entretanto, em áreas de Mato Grosso do Sul, São Paulo e sul de Minas Gerais, a umidade no solo será suficiente para atender as fases iniciais da safra 2023/24.

Na Região Sul, os níveis de água no solo podem continuar elevados, beneficiando os cultivos de inverno em enchimento de grãos e maturação, além das fases iniciais dos cultivos de primeira safra. Contudo, o excesso de chuva em algumas áreas pode impactar a colheita dos cultivos de inverno, favorecendo a incidência de doenças fúngicas e dificultando a semeadura dos cultivos de primeira safra.

Variações de Temperatura
Além das variações na precipitação, a previsão também aponta para variações de temperatura. Grande parte do país experimentará temperaturas médias acima da média, especialmente em áreas de Mato Grosso, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí e oeste da Bahia, onde os valores podem superar 29°C.

No sul de Mato Grosso do Sul e parte da Região Sul, são previstas temperaturas próximas ou ligeiramente abaixo da média, com a possibilidade de amenização das temperaturas em dias consecutivos de chuva, chegando a valores inferiores a 20°C.

Em áreas de maior altitude dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, as temperaturas podem ser ainda mais baixas, ficando abaixo de 16°C, devido a dias consecutivos com chuva e à influência de massas de ar frio que ainda podem afetar a região, embora com menor intensidade.

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