12/08/2021 às 10h26min - Atualizada em 12/08/2021 às 10h26min

Brasil já colheu neste ano 89% da produção do café arábica

Até terça-feira (10), o Brasil colheu 89% da sua safra de café arábica, 5% mais do que a marca alcançada na semana anterior. Mesmo assim, menor do que a área colhida no mesmo período do ano passado, quando chegou nesta data a 90%. A informação é da consultoria Safras & Mercado nesta quarta-feira (11). A informação é do MoneyTimes.


A consultoria projeta uma colheita de 56,5 milhões de sacas de 60 quilo. Até o dia 10 de agosto foram colhidas 50,45 milhões de sacas. Segundo o MoneyTimes, Gil Barabach, o consultor de Safras & Mercado, afirmou em nota que o tempo mais seco tem favorecido o andamento dos trabalhos, especialmente no café arábica, cuja colheita segue “bem ativa” e já alcança 83% da produção. Ainda assim, menor do que a do ano passado no mesmo período, quando atingiu 86%.


A colheita do café conilon terminou. O volume colhido foi o da média histórica comparada à safra anterior. Segundo a consultoria, falta apernas a “varrição” para concluir os trabalhos.


Minas, o maior produtor, deve ter perdas de 19%

Segundo levantamento do grupo Comexim, as geadas na maior região exportadora dessa commodities no Sul de Minas Gerais perdeu 19% da colheita prevista. A previsão anterior era de percas em torno de 12,5%.


A trading disse ao MoneyTimes que “a geada atingiu com força e danos consideráveis foram feitos”. Ainda segundo o grupo Comexim, não existe unanimidade no mercado internacional sofre o que deve acontecer com a safra de 2022.


Para o grupo, as perdas não estão restritas ao estado de Minas Gerais. Em São Paulo estima-se uma quebra de 13% na safra. São Paulo é o segundo maior produtor de café arábica.No Cedrrado Mineiro as perdas devem chegar a 13% e no Paraná, 11%.


As geadas interrompem um ciclo conhecido do café arábica. Ele alterna ano bom e ano ruim de colheita. A geada, somada a maior seca em 90 anos, pioram ainda mais a situação. No ciclo de produção, este ano que seria ruim, piorou.


Segundo a Comexim, a bolsa de Nova Iorque ainda não reflete nos preços os danos causados no Brasil. “Os ventos calmos do mercado, que negociou na faixa relativamente estreita entre 171-182 centavos de dólar por libra-peso na semana passada, nos faz imaginar o que está acontecendo, porque os danos da geada apontaram para um mercado altista que ainda não se tornou realidade”, disse a trading ao MoneyTimes.

 

Da Redação.


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