08/09/2023 às 08h27min - Atualizada em 08/09/2023 às 08h27min
Exportação de gado vivo no Rio Grande do Sul cresce 800% no ano
Porto de Rio Grande registra aumento significativo nas exportações de gado vivo devido a padrões sanitários e demanda internacional
- Da Redação, com Canal Rural
Foto: Divulgação MAPA O Porto de Rio Grande, localizado no Rio Grande do Sul, alcançou um crescimento de 800% nas exportações de gado vivo de janeiro a julho deste ano em comparação com o mesmo período de 2022. Até o sétimo mês de 2023, o porto embarcou 120 mil cabeças de gado, um notável contraste com as pouco mais de 10 mil exportadas no ano anterior.
De acordo com a Portos RS, a estatal responsável pela gestão do sistema hidroportuário do estado, esse aumento expressivo nas exportações de gado vivo está diretamente relacionado à qualidade das raças e ao estrito cumprimento dos padrões sanitários. Além disso, países importadores com limitações na refrigeração veem no gado vivo uma maneira de garantir proteína, permitindo que os animais mais jovens completem seu desenvolvimento no destino final.
No início de setembro, a unidade Rio Grande da Portos RS conduziu com sucesso duas operações de embarque de gado vivo. Os navios MV Gulf Livestock II e Anna Marra desempenharam papéis fundamentais nessas operações, transportando um total de 26.379 cabeças de gado com destino à Turquia. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), o Brasil ainda está em uma fase inicial no que diz respeito à exportação de gado vivo. Em 2021, aproximadamente 2,4 milhões de toneladas de bovinos vivos foram exportadas globalmente, representando cerca de 20% do comércio internacional de bovinos, incluindo animais vivos e carne. A participação do Brasil nesse cenário foi de pouco mais de 1%.
Embora promissor, o comércio de animais vivos envolve uma operação logística complexa. Os animais muitas vezes enfrentam viagens de milhares de quilômetros, desde a fazenda de origem até o porto de exportação, passando pelo transporte marítimo e terrestre, até chegarem ao frigorífico ou à fazenda de destino. Em muitos casos, também é necessário um período de quarentena no mercado de destino.