Cepea: trigo mantém trajetória de queda de preços em agosto

O mercado brasileiro de trigo segue em tendência de queda nas cotações. Especialistas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apontam que esse declínio é resultado do progresso da colheita no país, da considerável disponibilidade interna, das compras efetuadas de maneira pontual e da desvalorização observada no mercado externo. 

Em termos nominais, as médias mensais de agosto (até o dia 25) são as mais baixas desde setembro de 2020 no Paraná e desde outubro de 2020 em São Paulo e Santa Catarina. No Rio Grande do Sul, a média atual ainda supera a de junho deste ano, que, por sua vez, havia sido a mais baixa desde outubro de 2020. 

Paralelamente, os preços internos dos derivados de trigo também estão seguindo uma trajetória de redução. No segmento da farinha, a pressão negativa deriva de uma menor demanda, enquanto para os farelos, a alta disponibilidade de milho exerce influência.

O avanço da colheita no país, a abundância de oferta interna, compras seletivas e oscilações desfavoráveis nos mercados externos tem contribuído para essa trajetória. Para a farinha, a redução está sendo motivada por uma demanda mais tímida, enquanto para os farelos, a ampla disponibilidade de milho no mercado exerce uma influência determinante.