Fretes altos e limitações estruturais inibem maior exportação de milho e soja

As exportações brasileiras de soja e de milho estão em ritmo acelerado. O maior fluxo de grãos resulta no aumento dos preços de fretes e na redução da disponibilidade de cotas nos portos brasileiros. 

Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), esse contexto vem afastando vendedores do spot nacional e reduzindo a liquidez no interior do País, o que tem feito os preços da soja registrarem pequenas oscilações diárias. 

Agentes consultados pelo Cepea indicam que o porto de Santos (SP) está com restrição para recebimento de soja devido à capacidade de estocagem. Assim, as negociações são mais frequentes nos portos de Paranaguá (PR) e de São Francisco (SC), porém, para entregas a partir de outubro/23. 

Os dados parciais da Secex mostram que, até a terceira semana de agosto, os embarques de soja somam 5,4 milhões de toneladas, com média mensal 48,6% maior que a de agosto/22. 

Milho
As exportações brasileiras de milho têm se intensificado nas últimas semanas. Os embarques vêm dando suporte aos preços domésticos – o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) atravessa agosto com operações entre R$ 52 e R$ 53 pela saca de 60 quilos. Neste cenário, parte dos produtores se afastou do spot à espera de uma recuperação nos valores.