04/08/2023 às 11h20min - Atualizada em 04/08/2023 às 11h35min
Governo publica atualização do Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática
POR ESTADÃO CONTEÚDO
ESTADÃO CONTEÚDO
São Paulo, 4 - O Ministério da Agricultura revisou e atualizou os procedimentos previstos no Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS), para fortalecer o sistema de produção agrícola da oleaginosa. A nova regulamentação confere à Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura maior autonomia no estabelecimento das medidas de prevenção e controle da doença, na condição de Instância Central e Superior do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa).
Medida nesse sentido foi publicada na quinta-feira, 3, no Diário Oficial da União (DOU) por meio da Portaria nº 865.
A ferrugem asiática é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi e considerada uma das mais severas que incidem na cultura da soja, podendo ocorrer em qualquer estágio de desenvolvimento da planta. Nas diversas regiões geográficas em que a doença foi relatada em níveis epidêmicos, os danos variam de 10% a 90% da produção, informa o ministério.
"Para o controle adequado da doença e a mitigação dos potenciais prejuízos que ela pode causar à cadeia produtiva da soja, devem ser considerados diversos aspectos, entre eles medidas de redução do inóculo do fungo e o manejo da resistência de fungicidas. Considerando que a soja é cultivada na maioria dos Estados brasileiros, as medidas oficiais estabelecidas devem abranger os resultados que se pretende alcançar em nível nacional", explica a coordenadora-geral de Proteção de Plantas, Graciane Castro.
Entre as medidas fitossanitárias previstas no PNCFS: o vazio sanitário, é definido como um período contínuo de pelo menos 90 dias durante o qual não se pode semear ou manter plantas vivas de uma espécie vegetal em uma determinada área, visando a redução do inóculo de doenças ou população de uma determinada praga.
Já o calendário de semeadura da soja, é recomendado pela pesquisa científica como medida que visa a racionalização do número de aplicações de fungicidas e a consequente redução dos riscos de desenvolvimento de resistência do fungo causador da doença.
Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO