Produção brasileira de grãos deve crescer 24% e chegar a 390 milhões de toneladas , aponta Mapa

Um estudo elaborado pela Secretaria de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), aponta que a produção de grãos no Brasil, está prevista para crescer 24,1% nos próximos dez anos, atingindo quase 390 milhões de toneladas na safra 2032/2033. Essa expansão significativa representa um acréscimo de 75,5 milhões de toneladas em relação à produção atual.

O levantamento ressalta, que os principais impulsionadores do crescimento, serão as lavouras de soja, milho segunda safra e algodão. Esses setores deverão alavancar o aumento da produção de grãos, impulsionando o setor agrícola do país.

O estudo também destaca, que a área de grãos cultivada, deverá expandir-se dos atuais 77,5 milhões de hectares, para 92,3 milhões de hectares em 2032/33. Esse aumento na área plantada deverá ocorrer, em grande parte, através da conversão de áreas degradadas como pastagens extensivas, evitando afetar a cobertura vegetal do país. A projeção aponta que 78% da expansão da área plantada será dedicada ao cultivo da soja.

Soja 

A produção de soja tem uma projeção de crescimento de 20,6% em relação à safra de 2022/23, chegando a 186,7 milhões de toneladas em 2032/33. As exportações de soja em grão, também estão previstas para crescer, alcançando 121,4 milhões de toneladas, com participação de 60,6% nos embarques mundiais.

Milho 

O milho segunda safra, também terá papel importante nesse cenário de crescimento. A produção total de milho, deverá atingir 160 milhões de toneladas em 2032/33, um aumento de 27% em relação à produção atual. O milho ganha relevância como matéria-prima para produção de biocombustíveis, como biodiesel e etanol.

Algodão
 
Outra cultura que merece destaque é o algodão, cuja produção de pluma tem uma projeção de expansão de 26,8% em dez anos, atingindo 3,6 milhões de toneladas. Melhoramento genético, práticas agronômicas avançadas e novas tecnologias serão fatores-chave para o aumento da produtividade do algodão.

As projeções do estudo, indicam que o Brasil deverá responder por 12,5% da produção mundial de algodão em 2030, com destaque também para os Estados Unidos e a Índia como principais exportadores.

Diante dessas perspectivas positivas para o agronegócio brasileiro, o estudo ressalta a importância de investimentos contínuos em pesquisa e tecnologia, para garantir o crescimento sustentável do setor. O aumento da produtividade, aliado ao aproveitamento adequado das áreas disponíveis, é fundamental para impulsionar o desenvolvimento e a competitividade do agronegócio nacional nos próximos anos.

Da Redação, com Canal Rural