Exportações brasileiras de carnes bovinas devem crescer além do projetado, diz USDA

As exportações de carne bovina do Brasil devem alcançar 3,05 milhões de toneladas em 2023, 1% acima da projeção anterior divulgada pelo Departamento da Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Esse crescimento, segundo o USDA, deve ser impulsionado principalmente pela forte demanda da China. O relatório destaca que os preços do gado no Brasil estão mais baixos em comparação com os principais concorrentes, como Uruguai e Argentina, o que tem sustentado os embarques para mercados do Sudeste Asiático, América do Sul e Oriente Médio.

Quanto à carne de frango, a estimativa também foi elevada em 2% para 4,8 milhões de toneladas. Esse aumento se deve à crescente demanda de países da Ásia, Oriente Médio e outros mercados em desenvolvimento. Além disso, o Brasil continua livre da influenza aviária de alta patogenicidade em suas operações comerciais, o que tem contribuído para a ausência de restrições importantes, ao contrário de alguns de seus concorrentes.
Para a carne suína, o USDA elevou sua expectativa de exportações brasileiras em 8%, chegando a 1,5 milhão de toneladas. Essa alta é impulsionada pela forte demanda de mercados asiáticos, incluindo China e Hong Kong. Além disso, a redução dos custos de ração no Brasil deverá incentivar a produção e tornar os preços mais competitivos.

O relatório também aponta que o Brasil terá uma produção estimada de 7,7 milhões de toneladas de carne bovina, 14,9 milhões de toneladas de carne de frango e 4,5 milhões de toneladas de carne suína em 2023.