10/08/2021 às 11h00min - Atualizada em 10/08/2021 às 11h00min

Dólar abre perto da estabilidade e juros recuam, avaliando ata do Copom e IPCA

O dólar oscila perto da estabilidade logo após o início dos negócios, enquanto os juros futuros operam com viés de queda, na medida em que investidores avaliam os números mais recentes da inflação ao consumidor e ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Perto das 10h, o dólar comercial caía 0,11%, cotado a R$ 5,2413, após ter batido R$ 5,2292 na mínima intradiária. No exterior, a moeda americana registra ganhos ante rivais fortes e divisas emergentes.

No mesmo horário acima, o juro do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 caía de 6,52% no ajuste anterior para 6,48%; o do DI para janeiro de 2023 recuava de 8,22% para 8,155%; o do contrato para janeiro de 2025 tinha baixa de 9,12% para 9,10% e o do DI para janeiro de 2027 diminuía de 9,51% para 9,47%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou para 0,96% em julho, de 0,53% em junho, em linha com as expectativas do mercado, de 0,95%. Foi a maior taxa para o mês desde 2002. A principal contribuição individual para o indicador veio da energia elétrica, que subiu 7,88% e respondeu por 0,35 ponto percentual da taxa, refletindo o patamar da bandeira tarifária vermelha 2.

Em 12 meses, o IPCA subiu 8,99%, acima dos 8,98% esperados, o maior nível desde maio de 2016 — bem acima do teto da meta de inflação perseguida pelo Banco Central em 2021, de 5,25%.

Além do IPCA, agentes financeiros digerem a ata do Copom divulgada há pouco. O documento refinou a mudança de postura do BC, que passou a ver como adequada em sua decisão da semana passada uma elevação da taxa Selic para patamar contracionista.

Segundo o colegiado, altas subsequentes de juros para tal nível são necessárias “para que se obtenha projeções em torno das metas de inflação no horizonte relevante”, ponderando que essa visão “será sistematicamente reavaliada conforme ocorram mudanças nos determinantes da inflação ou no balanço de riscos”.

Para a Renascença, a ata do Copom deixa margem para ser considerada como “levemente mais hawkish [inclinação à retirada de estímulos monetários]” do que o comunicado. “O parágrafo principal é o de número 13, onde consta que a trajetória para a política monetária deve ser ‘mais contracionista do que a utilizada no cenário básico’, ou seja, acreditamos que o BC sinaliza assim que o piso para a Selic deve ser 7,25%”, avalia a instituição.

Investidores também seguem atentos aos sinais que vêm de Brasília. O plenário da Câmara vota, hoje, a PEC do voto impresso, mesmo depois da pauta ter sido rejeitada na comissão especial que avaliava o tema. Ainda na agenda do Legislativo hoje, estão a PEC dos precatórios, que precisa ser aprovada para que seja definido o valor do Bolsa Família, e a reforma do Imposto de Renda, que se configura na primeira parte da reforma tributária.

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