Balança comercial registra superávit de US$ 10,592 bilhões em junho

A balança comercial brasileira, que mede a diferença entre exportações e importações, fechou o mês de junho com um superávit de US$ 10,592 bilhões, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) nesta segunda-feira (3). Esse resultado representa o melhor desempenho para o mês desde o início da série histórica.
 
Além disso, o saldo acumulado da balança comercial no primeiro semestre atingiu um superávit recorde de US$ 45,514 bilhões, considerando os dados desde 1989.
 
Por outro lado, as exportações e importações apresentaram quedas em junho. No mês passado, os embarques brasileiros totalizaram US$ 30,094 bilhões, registrando uma queda de 8,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as importações somaram US$ 19,502 bilhões, apresentando uma redução de 18,2% no mesmo critério de comparação.
 
A retração das commodities foi um fator determinante para a queda nos números do comércio. Após um período de alta no primeiro semestre do ano passado, impulsionado pela guerra entre Rússia e Ucrânia, as commodities sofreram um declínio nos últimos meses, impactando as vendas externas. 
 
Em relação aos setores, a agropecuária foi impulsionada pela safra recorde de grãos, o que resultou em um aumento de 30,4% no volume de mercadorias exportadas. Por outro lado, na indústria de transformação, houve uma queda de 5,7% na quantidade de mercadorias exportadas. Na indústria extrativa, que engloba minérios e petróleo, o volume exportado aumentou 12%.
 
Nas importações, os principais recuos foram observados nas compras de trigo, centeio e milho não moídos, bem como no carvão não aglomerado e no petróleo bruto. A queda nos preços foi um fator significativo nesse cenário.
 
Apesar da desvalorização das commodities, o governo revisou levemente para cima a projeção de superávit comercial para o ano de 2023, com uma previsão de US$ 84,7 bilhões, em comparação com a projeção anterior de US$ 84,1 bilhões. O MDIC estima que as exportações diminuirão 1,4% este ano, totalizando US$ 330 bilhões, enquanto as importações devem recuar 10%, chegando a US$ 245,2 bilhões.
 
É importante destacar que essas estimativas são mais otimistas do que as projeções do mercado financeiro, que apontam um superávit de US$ 63,76 bilhões para o ano de 2023, de acordo com o boletim Focus divulgado pelo Banco Central.
 
Da Redação, com Agência Brasil