Exportações de soja e milho registram recordes no primeiro semestre de 2023

Os embarques de soja e milho no Brasil atingiram nível recorde no primeiro semestre deste ano, de acordo com dados que comprovam o crescimento dessas commodities agrícolas. Segundo o diretor de Conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira, o mundo tem antecipado suas compras e buscado o abastecimento desses grãos no mercado brasileiro.

Até o momento, nos primeiros seis meses deste ano, com apenas dez dias para o fechamento de junho, o Brasil já embarcou 57,7 milhões de toneladas de soja. Essa quantidade supera o recorde anterior registrado no primeiro semestre de 2020.

No entanto, considerando o ritmo acelerado e o volume de embarques nos primeiros 20 dias de junho, a projeção é que o país alcance cerca de 64 a 65 milhões de toneladas de soja embarcadas no semestre, demonstrando um crescimento expressivo.

Quanto ao milho, os números também são impressionantes. Foram carregadas 11 milhões de toneladas do grão nos primeiros seis meses deste ano, um aumento significativo em relação ao recorde anterior de 8,8 milhões de toneladas em 2019.

Considerando a soma dos embarques de soja e milho, a expectativa é encerrar o primeiro semestre com um total de cerca de 75 milhões de toneladas exportadas, um patamar inédito na história das exportações brasileiras, segundo Giovani Ferreira.

A soja e o milho são indicadores importantes da demanda global pelos produtos do agronegócio brasileiro. Há nove anos, em 2014, o Brasil exportou 31 milhões de toneladas de soja no primeiro semestre, ou seja, mais que dobrou os embarques dessa oleaginosa nesse período. Quanto ao milho, também de janeiro a junho de 2014, foram exportados 5,1 milhões de toneladas do cereal. Nestes seis primeiros meses de 2023, os números devem atingir entre 12 e 13 milhões de toneladas, representando um aumento superior a 100%.

Os dados mostram que o Brasil é uma peça-chave para atender a demanda global por proteína vegetal, tanto no caso da soja quanto do milho. Além de sua utilização tradicional na alimentação humana e animal, essas commodities também se tornaram sinônimos de energia.