01/07/2022 às 12h28min - Atualizada em 01/07/2022 às 12h28min

71% dos pecuaristas de Mato Grosso estão conectados

Estudo realizado pelo Imea em parceria com o Senar-MT revela que os smartphones são as ferramentas mais utilizadas no campo

Tecnologia é o que move o mundo globalizado. Na cidade ou no campo ela é essencial para todas as atividades, da comunicação à realização de negócios. Exemplo disso pode ser comprovado no estudo Perfil do Pecuarista Mato-grossense na Era Digital, divulgado em junho pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

A pesquisa foi realizada com 409 pecuaristas, com idade média de 46 a 65 anos, de 93 dos 141 municípios de 7 regiões do Estado. Juntos, esses produtores possuem 356,17 mil cabeças de gado, o equivalente a 1,09% do rebanho bovino mato-grossense.

Segundo o estudo, que foi elaborado em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), 71% dos pecuaristas mato-grossenses utilizam a internet. O levantamento indica que 79% das propriedades contam com internet na sede, 11% na metade da propriedade, 9% em toda a área e 1% em mais da metade da área. Dos entrevistados, 64% fazem a conexão via rádio, 17% por satélite, 10% com a tecnologia 4G e 8% a cabo.

O estudo apontou uma disparidade entre as regiões mato-grossenses em relação à conectividade na zona rural. Para se ter uma ideia, enquanto no médio-norte, 86% dos pecuaristas utilizam algum tipo de conexão, na região norte, esse percentual cai para 55%.

Do total de entrevistados, 70% utilizam smartphones, 39% usam computadores e 19% dispõem de algum aplicativo ou software na propriedade. De acordo com o superintendente do Imea, Cleiton Gaue, 82% dos entrevistados fazem a comercialização de bovinos através de smartphones. “O desafio é inserir os produtores na tecnologia, de forma a serem mais eficientes e aumentarem a produtividade”, analisa.

Gaue acredita que a conexão 5G poderá mudar a realidade do Estado, assim como a chegada das novas gerações de produtores ao campo. “Esse movimento deve ser alterado com a chegada dos jovens ao campo”, prevê em alusão ao perfil mais conservador dos pecuaristas entrevistados que estão à frente das propriedades. “A maioria espera que outros adotem a tecnologia para depois seguir”, explica o superintendente do Imea.

Além de contribuir para o uso de tecnologia no campo os entrevistados apontam outros benefícios proporcionados pela conectividade, como retenção de funcionários (69%), segurança na fazenda (56%), compras online (46%), gestão zootécnica (33%), monitoramento do clima (21%), manejo nutricional (17%), manejo reprodutivo (16%) e manejo sanitário (8%). Vale lembrar que os entrevistados puderam citar vários benefícios relacionados à conectividade.

O levantamento dos dados foi feito entre setembro e outubro de 2021 e também analisou os impactos da pandemia de Covid-19 sobre os negócios e a conectividade. Nesse período, a suspensão dos Dias de Campo, das feiras e de outras mostras impulsionou o uso de redes sociais como Instagram e Facebook.

Ao mesmo tempo, as medidas restritivas contribuíram para acelerar os negócios por meio do Whatsapp (65% para 78%) e do telefone (de 60% para 73%). Segundo a pesquisa, 78% dos entrevistados utilizam Whatsapp para se informar e adquirir novas tecnologias. Por conta da pandemia, as reuniões online aumentaram 7%.


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