30/09/2022 às 11h43min - Atualizada em 30/09/2022 às 11h43min

A estratégia de suplementação injetável

O investimento em tecnologia tem impulsionado o desenvolvimento da pecuária. É um caminho sem volta. Produzir cada vez mais e melhor e de maneira sustentável passa pela utilização de ferramentas tecnológicas que foram disponibilizadas para o pecuarista nos últimos anos. Ao analisarmos os indicadores de produção nos últimos 10 anos, o incremento fica muito evidente.

Nesse sentido, uma ferramenta à disposição do pecuarista é a suplementação injetável, estratégia para complementar os requerimentos nutricionais deficitários decorrentes da baixa qualidade dos alimentos fornecidos ou do excesso de desafio ao qual o rebanho está submetido.

“É possível incrementar 12,52 kg de carcaça em animais confinados ou 6,2% de prenhez através da tecnologia injetável”, afirma Bruno Di Rienzo, gerente Nacional de Demanda da Biogénesis Bagó.

Segundo ele, em todas as categorias animais, nos diferentes sistemas de produção, o stress oxidativo ocorre em maior ou menor grau, refletindo no baixo desempenho produtivo e reprodutivo dos rebanhos.

“Em um manejo como a desmama, por exemplo, o estresse da separação afeta tanto o bezerro como a vaca, o que provavelmente refletirá na performance desses animais posteriormente, na entrada na recria, apresentando um baixo ganho médio diário de peso (GMD), ou baixos índices reprodutivos e balanço energético negativo para a vaca”, observa.

Conforme explica, se atentar ao bem-estar é condição indispensável para o gado atingir o máximo potencial produtivo, o impacto nos indicadores zootécnicos de animais estressados pode ser devastador no lucro da operação.

“Quando você consegue, de fato, reduzir os efeitos do stress oxidativo gerado pelo manejo dos animais, a produtividade passa para outro nível, ou seja, 83,4% de uma arroba a mais por animal pode deixar a operação no azul”, ilustra.

Para ele, o ponto mais importante é verificar se a concentração dos elementos presentes na composição do suplemento atende os requisitos necessários para a categoria animal. “O kit Adaptador surge como alternativa para sanar essas lacunas de produção, uma vez que confere um aporte nutricional que atende qualquer categoria em diferentes sistemas de produção”, comenta.

Di Renzi menciona ainda os resultados de uma pesquisa realizada na Fazenda Santa Terezinha (São João da Ponte-MG), do Grupo ARG, pela Universidade Federal de Viçosa-MG, que avaliou o desempenho zootécnico, a coloração, textura e a oxidação da carne a partir do uso do Kit Adaptador.

“A pesquisa mostra que o uso de suplementos injetáveis à base de antioxidantes apresenta interferência direta na qualidade da carne, como, por exemplo, na coloração. Isso, sem dúvida, acaba sendo um atrativo também para a indústria”, pontua. “Ou seja, esses produtos melhoram os resultados, tanto das fazendas produtoras como das indústrias processadoras.”

De acordo com Di Rienzo, quem utiliza uma ferramenta como a suplementação injetável consegue englobar pelo menos três pilares da produção pecuária. “Uma estratégia nutricional que tem como objetivo conferir um status imunológico mais adequado, atuando diretamente na sanidade, acaba impactando diretamente o bem-estar animal, uma vez que reduz o efeito do stress no rebanho”, esclarece.


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