07/10/2022 às 11h35min - Atualizada em 07/10/2022 às 11h37min

A necessidade de migrar para a digitalização da pecuária

Inserir pequenos e médios produtores na transformação digital da pecuária é, atualmente, um dos principais desafios do segmento. Mas, como convencê-los que a incorporação de tecnologias é fundamental para eles manterem na atividade de forma sustentável?

De acordo com alguns especialistas do setor, chegar até o pequeno e médio produtor é fundamental, o que dependerá da capacitação da mão de obra das fazendas e de uma consciência das empresas, sejam as gigantes de saúde e nutrição animal, sejam as startups.

“Atualmente, o Brasil tem 2,7 milhões de propriedades com rebanhos de gado de corte e leite, e realidades muito diferentes entre si”, destaca o gerente nacional de ruminantes da Ceva, Rogério Rossi. “Diante deste cenário, é preciso discutir sobre as inovações na pecuária e a aceleração necessária para o setor manter sua competitividade, atender às novas demandas do mercado, e tirar o atraso que acumulou frente ao avanço tecnológico da agricultura”, completa.

Segundo ele, a digitalização da pecuária extensiva para grandes rebanhos pode ser até mais urgente do que nos sistemas intensivos, que pela sua característica já deixam o produtor mais perto das tecnologias. “O desafio, agora, é chegar não só aos TOP produtores, mas também àqueles que operam extensivamente, em alguns casos ainda com perfil extrativista”, avalia.

Como exemplo, ele cita que, no sistema intensivo, principalmente de confinamento, o produtor está vendo o animal e sabe o que está acontecendo. “Em uma fazenda de 40 mil hectares de pasto Mato Grosso adentro, você observá o animal duas vezes por ano na hora de vacinar. Então, a digitalização tende a criar mais vantagens para esse produtor extrativista porque gera um monitoramento na fazenda”, diz. A necessidade e a aplicabilidade da tecnologia são ainda maiores neste caso” completa.

Na opinião do diretor-geral da Ceva Brasil, Giankleber S. Diniz, as recentes transformações do agronegócio brasileiro enfatizam a importância do setor ao nível mundial. “A tecnologia está presente no agronegócio. A inovação vem se tornando muito mais acessível e as soluções são mais escaláveis, ou seja, conseguem rapidamente a adesão do setor”, explica.

“O uso de dados coletados em tempo real, por exemplo, já faz parte das  estratégias dos negócios, e, hoje, os produtores buscam por informação para uma tomada de decisão mais assertiva. É neste contexto que os pequenos e médios produtores precisam ser inseridos”, arremata o executivo.


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