20/01/2023 às 09h18min - Atualizada em 20/01/2023 às 09h18min

Suplemento natural: tecnologia ajuda na redução na emissão de carbono

Assunto em pauta nas agendas de todo o mundo, no Brasil, o comprometimento com a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) é uma preocupação constante em todos os setores. Na pecuária, por exemplo, a fermentação entérica do gado e o manejo de dejetos de animais tem impulsionado a busca de soluções para minimizar os impactos da atividade no meio ambiente.

Nesse sentido, em seu Inventário de Pegada de Carbono, divulgado recentemente, a Premix, empresa de nutrição animal, destaca os resultados do aditivo Fator P na dieta de bovinos para a redução da emissão de carbono.

“O aditivo foi cientificamente desenvolvido e validado por instituições como substituto de antibióticos nas dietas de ruminantes”, afirma o diretor de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação companhia, Lauriston Bertelli Fernandes. “O produto reduz a população de bactérias produtoras de metano no rúmen em qualquer categoria de ruminantes”, acrescenta.

Conforme explica, o estudo avaliou a suplementação de 2,27 milhões de animais entre 2012 e 2022 e comprovou que a suplementação com o produto natural respondeu pela mitigação de 854.993 toneladas de carbono equivalente na atmosfera.

“Durante 11 anos de avaliações, a redução de carbono correspondeu à recuperação equivalente a uma área de quase 63 mil hectares de Mata Atlântica, o que significa que cerca de 105 milhões de árvores deixaram de ser cortadas”, compara.

Fernandes acrescenta que os cálculos relacionados à mitigação das emissões foram feitos com base em estudos da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) e de outras duas entidades, seguindo os quais cada árvore da Mata Atlântica absorve 163,14 kg de gás carbônico (CO2) equivalente ao longo de seus primeiros 20 anos.

Resultados

Além do benefício ambiental, Fernandes destaca o desempenho adicional dos animais com o uso do produto que resulta na redução das emissões de gases e na diminuição da população de microrganismos que fazem a metanogênese ruminal, além de melhorar a digestibilidade das fibras das forragens, disponibilizando até 8% a mais energia para os animais.

“Todas as pesquisas mostraram que o aditivo reduz o metano entérico em até 18%, melhora o desempenho de ganho de peso em bovinos de corte em até 18% e nas produções a pasto e normalmente a relação custo benefício é de 10 por 1, ou seja, em itens de pastejo o investimento adicional com a tecnologia é um equivalente a 8 gramas de ganho de peso vivo e o ganho adicional chega a 120g diários”, detalha.

Por fim, ele acrescenta que a tecnologia utilizada na produção do no aditivo resulta na produção sustentável de ruminantes a pasto e, ao mesmo tempo, atende à demanda dos consumidores que que apreciam carne vermelha e lácteos de alta qualidade, produzidos sem antibióticos e com redução na pegada de carbono.

 

 

 

 


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