18/10/2022 às 11h19min - Atualizada em 18/10/2022 às 11h22min

Mercado do boi gordo segue firme, sem espaços para reduções no preço da arroba

E já era tempo para escrever por aqui, “arroba do boi gordo sobe em boa parte das praças brasileiras”. Infelizmente, não ainda, mas, por outro lado, o cenário se apresenta cada vez mais favorável para, em breve, você ler isso em nossa coluna. De maneira ainda discreta, há registro de recuos nas escalas industriais. A oferta de animais terminados não é mais “aquela” e até o USDA, deu uma notícia na sexta-feira do dia 14 de outubro, que considerei bem interessante.

Vou começar a explanar pelo final do primeiro parágrafo. É fato: O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) revisou, com nova metodologia, suas convicções em torno do que seria ou é o rebanho bovino brasileiro e trouxe uma redução importante nos números que, seguramente, parecem refletir bem melhor o que vemos no Brasil, em torno do investimento em genética bovina, raçadores, terminação, DEPS e até mesmo o crescimento de área da agricultura, principalmente a soja, em pastos degradados. O Brasil produz mais carne bovina, com nível de produtividade suficiente para trazer uma importante redução de rebanho.

Enfim, o USDA reduziu a estimativa do rebanho brasileiro de uma projeção de 274 milhões de cabeças para 193 milhões e 800 mil cabeças. É um corte substancial e parece mais adequado com a realidade brasileira. Mais adequado até que os números das estatais de nosso país, que estimam números bem mais elevados, na casa de 224 milhões de cabeças! Pois é… De acordo com a Pesquisa da Pecuária Municipal do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2021, o número recorde se deve ao movimento de retenção de fêmeas. Sem dúvida, não dá para crer que há tantos bovinos no território nacional.

Observação: Sem politizar, mas sei que o leitor me entende! Para mim, no Brasil, é necessário rever toda e qualquer metodologia de pesquisa, para o bem de todos.

De volta ao nosso artigo, a oferta de animais terminados a pasto no país, teve uma redução importante, impedindo a movimentação de manutenção das escalas industriais. Agora há recuos que já não podem ser considerados pontuais, mas sim, um reflexo direto do cenário atual instalado. De modo geral, a média de dias de escalas de trabalho da indústria frigorífica, se encontra em nove dias, uma ligeira movimentação abaixo, se comparado aos dados de há sete dias. Também, destaco que isso deve ficar mais evidente nas próximas semanas, mais rápido, melhor dizendo.

 


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