E a esperada e indesejada pressão na arroba do boi godo aumentou na última semana e deve seguir pelos próximos períodos. Por outro lado, parece ter sido encontrada uma “resistência” por parte dos pecuaristas brasileiros, o que trouxe alguma estabilidade para o momento. Também há de se valorizar uma expectativa melhor de consumo de carne bovina lá na China em 2023.
Começo artigo da semana com destaque para uma expectativa de ter nova elevação na exportação de carne bovina brasileira para a China. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos trouxe na última quinta-feira, na esteira de pouco mais de meia dúzia de relatórios (quase todos voltados para a agricultura) uma informação mais do que estratégica: A China vai consumir mais carne bovina em 2023! De acordo com o órgão norte-americano, o consumo interno deve alcançar quase 10,90 milhões de toneladas, elevação de 2,80% gente ao ano anterior.
A notícia é, de fato, importante para a cadeia produtiva de carne bovina do Brasil. A questão é simples: não tivemos elevações significativas no consumo doméstico, o que dá mais peso na pressão interna e impacta a arroba do gado pronto. Ainda pior que este cenário é não haver uma expectativa de melhora do consumo interno por parte da população brasileira, como também outros fatores que poderiam mensurar uma melhoria. É uma constatação, que torço por sua mudança, mas os sinais da economia do país têm sido preocupantes.
Enfim, a China busca um reposicionamento que a faça lidar com um quadro de recessão global cada vez mais evidenciado e alertado pelas autoridades monetárias em todo o mundo. Para lidar com isso, (com a Covid-19 também), a China tem promovido e deve elevar, a reabertura do país. Neste momento a expectativa de embarcar maior volume de carne bovina para o país asiático é a grande saída para uma oferta mais expressiva no ano atual.
Para a semana e o mais curto prazo também, devemos esperar novas propostas mais baixas por parte do comprador. Faz parte do negócio no momento.