14/03/2023 às 09h44min - Atualizada em 14/03/2023 às 09h44min

Arroba segue estável, escalas industriais são reduzidas e todos esperam pela China

Comecei nosso artigo semanal esperando, que ao ser publicado, na manhã de terça-feira, dia 14 de março de 2023, seja superado pela notícia do fim da suspensão de exportações de carne bovina para a China. Apesar de haver a possibilidade, é muito provável que o cenário seja usado ou anunciado durante a viagem presidencial de uma grande comitiva brasileira para o país asiático, com cerca de 200 componentes (membros do governo federal, do Congresso e empresários), no final do mês, entre os dias 28 e 30 de março.


Volto para o tema central, pois, por aqui falamos de carne bovina e já havia descrito, anteriormente, o posicionamento da Câmara de Comércio e Indústria Brasil / China, que espera uma rápida reposição nos negócios com carne bovina e, inclusive, elevação de plantas frigoríficas habilitadas para o processo. Aparentemente, de fato, os dois governos possuem algumas “afinidades”.


O retorno das exportações de carne bovina para a China traz uma expectativa de elevação rápida nos patamares de preços praticados para arroba do boi gordo no país. As escalas industriais, cada vez mais encurtadas, devem pesar. A necessidade de reposição rápida na capacidade fabril deve trazer a sustentação, mas o cenário, ainda que positivo para o pecuarista deve ser uma espécie de “janela de negociação” que deve diminuir na medida em que os negócios forem travados. Portanto, durante este período, quando ocorrer, fazer o chamado “hedge” baseado em boas análises em parte das negociações futuras, pode ser uma experiência interessante. Falo de usar as ferramentas existentes para conseguir as melhores margens de rentabilidade possíveis.


Ao abordar de maneira mais direta o mercado consumidor doméstico de carne bovina, fica clara a linha de pensamento que as perdas iniciais no preço da arroba do “boi China” não atingiram ou beneficiaram diretamente o brasileiro, uma vez que já era um tipo de animal e carne produzidos para mercado específico. Por outro lado, uma pequena participação teve na redução no valor médio da carne bovina apontada pelo IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo, em fevereiro/23 que apontou queda de 1,22% a maior desde novembro/21. Também, não posso deixar de citar que o mercado atacadista paulista para carne com osso teve reajustes na última semana, resultado direto do menor volume de matéria-prima para atividade fabril.


Para encerrar há uma semana, exatamente, o Brasil pode exportar carne bovina para o México. O país havia habilitado 34 plantas frigoríficas depois de 12 anos de negociações. Nada mal? É muito bom. Contudo a China é o mercado principal e há grande expectativa para retomada dos negócios. No Brasil e na China também.


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