20/04/2022 às 10h05min - Atualizada em 16/05/2022 às 12h47min

Mais arrobas manejando o período de descanso de pastagens

Com o fim do verão, os dias vão ficando menores, diminui a luminosidade, temperatura e chuvas. O capim cresce menos e precisamos adequar o período de descanso do capim. Ao contrário do que alguns produtores fazem, diminuindo os dias de intervalo entre pastejos, dada a menor oferta de forragem, ele deve ser maior. Como o acúmulo de forragem é mais lento, a planta demora mais dias para recuperar suas reservas, demandando um período de descanso mais longo. Aumente o período de descanso da pastagem na seca.

Em pastagens bem manejadas, após a retirada dos animais da área, esta fica um tempo sem animais que permite que a planta acumule massa, recupere suas reservas e atinja a altura ideal de pastejos. Esse intervalo de tempo é o período de descanso.

As plantas tropicais apresentam uma grande capacidade de rebrota pós pastejo, porém logo após o consumo da forragem durante o pastejo, a planta tem sua área foliar reduzida e necessita utilizar suas reservas acumuladas durante o tempo vedado para aumentar a massa foliar para ter uma rebrota vigorosa e rápida (Figura 1). Quando a pastagem é submetida a períodos muito curtos entre pastejos, o acúmulo de reservas pode ser prejudicado e consequentemente a rebrota, portando é importante que entre um período de pastejo e outro, a planta tenha um tempo, período de descanso para recuperar suas reservas.

Com o término da época das chuvas e mudança de estação, as condições climáticas tornam-se piores para o acúmulo de forragem e a planta necessita um tempo maior para recuperar suas reservas e, portanto, tem que aumentar o período o de descanso das pastagens entre pastejos. Dada a uma menor oferta de forragem, o produtor normalmente faz o contrário e prejudica a planta com maior intensidade de pastejo e menores períodos de descanso favorecendo o aparecimento de plantas invasoras e a degradação de pastagens.

Para evitar esses problemas o produtor tem que adequar as taxas de lotação ou suplementar os animais, adequando a oferta de alimentos e aumentando o período de descanso da pastagem. No verão, se trabalha com períodos de descanso mais curtos e na seca, usa-se um maior número de dias (Tabela 1). Além de cuidar do período de descanso, o produtor deve evitar pastejos muito intensos (baixos) nessa época do ano.

O respeito à fisiologia da planta forrageira permite uma rebrota mais vigorosa, maior crescimento radicular, melhor produção e aumento da longevidade da pastagem. Na seca, o produtor deve usar um período de descanso maior para preservar suas pastagens.


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