07/12/2022 às 10h16min - Atualizada em 07/12/2022 às 10h16min

Mais arrobas com ureia protegida

O uso de ureia protegida alia as vantagens de usar uma fonte degradável de proteína no rúmen, barata e que permite maior segurança na alimentação dos animais. Existem vários produtos no mercado, porém é importante o uso daqueles mais testados e com resultados atestados por órgãos de pesquisa e universidades. Como a liberação é mais lenta e permite melhor aproveitamento pelo animal, os casos de intoxicação por ureia normalmente diminuem com o uso desse tipo de produto sem alteração dos resultados de desempenho.

Devido aos custos dos farelos proteicos, é crescente o número de pecuaristas que utilizam o nitrogênio não proteico, em especial, a ureia, junto às misturas minerais, nos chamados “sais proteinados”, associado a outros alimentos, como cana-de-açúcar, silagens e outros volumosos e mesmo em dietas totais de confinamento ou vacas de leite.

A utilização da ureia adicionada à dieta principalmente quando o volumoso tem baixo teores de proteína mostra-se favorável à produção animal, visto que o capim amadurece durante a estação seca e contém níveis de 4 a 6% de proteína bruta, sendo recomendada a suplementação da dieta com fontes disponíveis de nitrogênio.

O fornecimento adicional de compostos nitrogenados para animais consumindo forragens de baixa qualidade permite incremento no consumo voluntário da forragem e melhorar o balanço energético a partir dos carboidratos fibrosos da forragem, uma vez que estes favorecem o crescimento das bactérias fibrolíticas. A utilização do nitrogênio não proteico de liberação gradativa no rúmen pode ser uma estratégia para diminuir o uso de fontes de proteína verdadeira e de ureia pecuária, em dietas para ruminantes, reduzindo os riscos de intoxicação por ureia e substituir fontes de proteína verdadeira de alto custo e melhorar o sincronismo de nutrientes no rúmen.

     A ureia protegida é fisicamente encapsulada visando reduzir a velocidade de liberação do N no rúmen e permite a utilização de um alimento mais em conta por ponto de nitrogênio sem os riscos de intoxicação que os animais podem sofrer e que normalmente decorrentes de falhas no manejo e manuseio dessa importante fonte de proteína.

Dietas bem balanceadas combinam diferentes fontes de nutrientes de forma a maximizar o aproveitamento do alimento, melhorar a degradação ruminal e aumentar o desempenho animal sem sujeitar o animal a riscos nutricionais desnecessários. A combinação de fontes de degradação da proteína mais rapidamente, com fontes menos solúveis ou que a proteína não sofre degradação ruminal permite um melhor aproveitamento do alimento e eficiência digestiva.

A ureia de liberação lenta, usada em substituição parcial ou total à proteína do farelo de soja na dieta, não altera o desempenho, as características de carcaça e a eficiência econômica de bovinos de corte confinados (Tabela 1).

Tabela 1 – Resultado de confinamento com substituição de farelo de soja por diferentes proporções de ureia protegida (Azevedo et al., 2015).

Quando os custos são viáveis ou há risco de manejo, a utilização de ureia protegida pode ser usada para substituição total ou parcial de farelos na dieta.


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://canalpecuarista.com.br/.