Os preços do milho no Brasil estão em queda, com pressão de baixa ainda mais acentuada nos últimos dias. Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) relatam que a pressão sobre os preços é resultado da menor demanda, do aumento da oferta decorrente do avanço da colheita da safra verão e do desenvolvimento satisfatório da segunda safra.
Com isso, produtores estão priorizando a colheita da soja, que deve ter produção recorde, e compradores estão se abstendo das aquisições de milho, aguardando quedas ainda mais intensas nos preços, principalmente no segundo semestre, quando a colheita da segunda safra inicia.
Mandioca
Enquanto isso, os preços da mandioca continuam em queda, com a média da semana passada registrando o patamar mais baixo dos últimos nove meses. Colaboradores do Cepea apontam que as chuvas do início da semana e o feriado de Tiradentes limitaram a colheita e a comercialização em muitas regiões produtoras. A oferta, no entanto, tem superado a demanda industrial, já que muitas empresas tiveram menos dias de esmagamento.
De 17 a 20 de abril, o preço médio nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 874,40 (R$ 1,5207 por grama de amido), o mais baixo desde julho de 2022, uma queda de 2,2% em relação à semana anterior. No agregado de abril, a queda é de 20% em relação ao mesmo período de março.
Ovos
Em relação às cotações dos ovos, contrariando a expectativa de agentes do setor, os preços continuam subindo na segunda quinzena de abril. Esse movimento de alta vem sendo observado desde fevereiro e os valores se mantêm firmes mesmo após o término da Quaresma.
De acordo com pesquisas do Cepea, as valorizações registradas nos últimos dias estiveram atreladas à oferta reduzida e a um atípico aquecimento da demanda pela proteína. A alta dos preços dos ovos é um fator a ser acompanhado de perto pelos produtores e consumidores, uma vez que pode afetar a cadeia produtiva e o poder de compra da população.
Da Redação, com Cepea