Os preços do milho no Brasil vêm registrando quedas consecutivas desde o fim de março, pressionados pela expectativa de uma safra recorde para 2022/23.Compradores internos adquirem apenas pequenos volumes no mercado spot (à vista), enquanto os vendedores estão mais flexíveis nos preços de negociação, e os exportadores têm priorizado as negociações envolvendo a soja.
Segundo colaboradores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) elevou a previsão de colheita em 200 mil toneladas frente às estimativas de março, devido à melhora na produção da safra verão. Agora, a temporada 2022/23 é estimada em 124,87 milhões de toneladas, um aumento de 10,4% em relação à safra anterior.
Mandioca
Enquanto isso, a procura enfraquecida pelos derivados e o baixo interesse em elevar os estoques têm mantido a oferta de mandioca superior à demanda industrial pelo processamento.
Produtores passaram a disponibilizar novos lotes da matéria-prima, demonstrando receio em quedas mais expressivas nas cotações e também por necessidade de liberação de áreas. Como resultado, os preços médios recuaram pela nona semana consecutiva.
A tonelada de mandioca posta fecularia foi comercializada na semana passada ao preço médio nominal a prazo de R$ 894,10 (R$ 1,5550 por grama de amido), uma queda de 2,2% em relação ao preço anterior. Com essas tendências, os produtores e compradores devem ficar atentos às movimentações do mercado para avaliar as melhores estratégias de negociação.
Da Redação, com Cepea
