O mercado de suínos no Brasil enfrentou desafios em março, com a demanda enfraquecida e a oferta elevada pressionando os preços do suíno vivo e da carne suína na maioria das praças acompanhadas pelo Centro de Pesquisa Avançado em Economia Aplicada (Cepea). Apesar da retração mensal, os valores do animal e da proteína ficaram acima dos registrados em março de 2022.
Em contrapartida, as exportações brasileiras de carne suína, considerando-se produtos in natura e industrializados, registraram o melhor desempenho da história para o primeiro trimestre de 2023, o que pode ajudar a equilibrar o mercado interno.
A relação de troca entre os insumos também teve impacto no mercado em março. O forte recuo das cotações do suíno vivo reduziu o poder de compra do suinocultor paulista frente ao milho. Por outro lado, o poder de compra em relação ao farelo de soja aumentou, visto que o derivado se desvalorizou consideravelmente no último mês.
Enquanto isso, os preços da carne suína registraram quedas no mercado atacadista da Grande São Paulo em março, enquanto os valores do frango avançaram, e os da carcaça casada bovina apresentaram leve baixa. Diante desse cenário, a competitividade da proteína suinícola aumentou frente às principais substitutas.
Apesar dos desafios enfrentados em março, os especialistas do setor mantêm uma perspectiva otimista para o mercado de suínos no longo prazo, visto que o consumo continua em alta tanto no mercado interno quanto externo, além do aumento da demanda chinesa.
Da Redação, com Cepea
