O preço do milho fechou março em baixa devido a uma situação de desequilíbrio entre oferta e demanda. Enquanto os produtores precisam escoar a produção da safra de verão, os compradores nacionais e externos estão limitando suas aquisições. Essa situação tem levado os vendedores a se mostrarem mais flexíveis nos valores e dispostos a realizar entregas imediatas.
Segundo informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os agentes do mercado sinalizam a posse de estoques para o curto prazo, enquanto outros aproveitam as oportunidades de maior oferta para adquirir o cereal a valores mais baixos.
As compras no mercado à vista, conhecido como "spot", estão em ritmo lento, mas os embarques seguem intensos. Até a terceira semana de março, o Brasil exportou 1,13 milhão de toneladas de milho, volume 99% maior que o do mesmo período do ano passado, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Esse resultado é superior às 900 mil toneladas estimadas pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) para este mês.
De acordo com especialistas, a queda no preço do milho é um reflexo da pressão da oferta sobre a demanda. A tendência é que o mercado permaneça volátil nos próximos meses, conforme a safra de inverno comece a ser plantada. Porém, as previsões para a safra de verão apontam para uma produção recorde, o que deve manter os preços em patamares mais baixos caso nenhum evento climático adverso aconteça.
Da Redação, com Cepea
