O Transporte Rodoviário de Cargas (TRC) do agronegócio fechou 2022 com um crescimento de 25,9% no volume de fretes em comparação com o ano anterior. Os números fazem parte da 9ª edição do relatório da Fretebras, startup considerada a maior plataforma de transporte de cargas da América Latina.
O estudo analisou os 10 milhões de fretes transportados via Fretebras em 2022, movimentando R$ 103 bilhões, dos quais 36,3% deles em produtos do agronegócio, a categoria mais representativa na plataforma.
O levantamento traz como destaque a região Centro-Oeste, que registrou maior crescimento porcentual, de 55,6%, graças ao agronegócio. Goiás apresentou alta de 55% no volume de fretes do agronegócio ante 2021, enquanto Mato Grosso do Sul aumentou 49%. Em Goiás, 50% do que se movimenta em TRC corresponde a produto do agronegócio, enquanto em Mato Grosso do Sul, o índice supera um pouco mais a metade.
"Vemos que a região Centro-Oeste foi o grande destaque desta edição do relatório. O agronegócio em 2022 foi totalmente impulsionado pela região, que aumentou a produção de soja e de milho, enquanto a região Sul sofreu no começo do ano com as estiagens", disse em nota o diretor de Operações da Fretebras, Bruno Hacad.
Dentre os Estados mais representativos no volume de fretes do agronegócio, estão: Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Paraná. Destaque negativo para o Paraná que registrou queda de 2,6 pontos porcentuais na representatividade dos fretes do agronegócio na plataforma, em virtude de problemas climáticos na safra de soja no primeiro trimestre de 2022, mostra o relatório.
Os produtos mais transportados no agronegócio no ano de 2022, foram: fertilizantes, soja, trigo, milho e açúcar, respectivamente. Fertilizantes representaram um quarto dos fretes do agronegócio na plataforma da Fretebras, demonstrando a importância do produto para a produção agrícola do País.
A soja representou 13,6% dos fretes da categoria e, mesmo com as estiagens enfrentadas no Sul, o produto registrou aumento de 56,8% no volume de cargas transportadas em relação a 2021, já que no Centro-Oeste houve incremento de mais de 10% na produção da oleaginosa em 2022, em comparação à safra anterior, explica a relatório. Na Fretebras, o volume de fretes do milho aumentou 47,8% no ano passado.
Para 2023, a expectativa é de que continue o crescimento do volume de frete para o agronegócio: "As projeções para a safra desse ano são maiores que as do ano passado. Como consequência, esperamos um aumento considerável no volume de fretes embarcados e, naturalmente, uma procura ainda maior por soluções digitais para auxiliar na contratação de motoristas", declarou Hacad.
Fundada em 2008 em Catalão (GO), a Fretebras tem cerca de 780 mil caminhoneiros cadastrados e 18 mil empresas assinantes.
Da redação, com Estadão Conteúdo