São Paulo, 28 - Especialistas do mercado sucroenergético do Brasil, da Costa Rica e de outros países da América devem se reunir na sexta-feira, 31, em San José, capital costarriquenha, para discutir políticas públicas de longo prazo para os biocombustíveis. O evento Sustainable Mobility: Ethanol Talks Costa Rica será realizado na sede central do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e é promovido pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), o Ministério das Relações Exteriores brasileiro, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e o Projeto Brazil Sugarcane Bionergy Solucion. O projeto Ethanol Talks é desenvolvido desde 2020 e já teve edições em Nova Déli (Índia), Bangkok (Tailândia), Islamabad (Paquistão), na cidade da Guatemala (Guatemala) e em Buenos Aires (Argentina). "Será muito útil para sensibilizar, desenvolver capacidades e fornecer informações técnicas relevantes aos decisores políticos e ao público em geral", afirmou, em nota, o especialista em Biocombustíveis e Energias Renováveis do IICA, Agustin Torroba. Nesta edição, os painéis abordarão políticas públicas, indústria automobilística, o etanol na América Central, soluções tecnológicas para a descarbonização e a cooperação entre Brasil e Costa Rica. "Nosso propósito é contribuir com o conhecimento técnico de quase 50 anos de uso do etanol, ajudando para que cada país possa avaliar as melhores soluções para a descarbonização da matriz de transportes, considerando suas especificidades geográficas, agroindustriais, socioambientais e econômicas", ressaltou o presidente da Unica, Evandro Gussi. Atualmente, mais de 70 países no mundo já têm mandatos que estabelecem algum nível de mistura de etanol à gasolina. O biocombustível tem uma das menores pegadas de carbono, podendo reduzir em até 90% quando comparado com a gasolina. A Costa Rica tem como objetivo reduzir as emissões globais de CO2 em 11% até 2030 e estimativas apontam que a elevação da mistura dos atuais 7% para 11% reduziria as emissões em torno de 235 mil toneladas de CO2 por ano.
